Clima interfe na produção de tomate nas regiões Centro-Oeste e Sul
As diferentes condições climáticas têm interferido na produção de tomate no Rio Grande do Sul. O calor prolongado na região acelerou o amadurecimento do fruto, com excesso de oferta, o preço do tomate longa vida despencou e já é o menor do país. Já na região produtora do Distrito Federal, a chuva tem provocado perdas nas lavouras, que já chegam, em alguns, casos a 50%. No Centro-Oeste, o preço do tomate aumentou devido a oferta reduzida.
De acordo com o gerente técnico das Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), Amauri Pereira, o excesso de calor nas duas últimas semanas provocou a amadurecimento precoce do tomate longa vida no Estado. Cerca de 55 mil toneladas a mais do que o esperado entraram no mercado gaúcho. Como consequência, o preço do quilo do produto que era de R$ 1,75 caiu em uma semana para R$ 1,25, queda de 28%.
Segundo o extensionista rural da Emater, Helton Araújo, no Distrito Federal o problema não é o calor, mas o excesso de chuva.
– Essas chuvas que aconteceram nas últimas semanas foram muito fortes. Em alguns lugares ocorreu até chuva de pedra devido ao calor, quando chove dá formação de granizo e atrapalha muito a lavoura – diz Araújo.
– Enquanto está chovendo muito no Centro-Oeste, o Sul está com seca. Então, por causa da seca, o tomate está amadurecendo mais cedo. O preço está caindo, isso vai causar redução de plantio. Já na região central, por causa da perda, o preço vai subir. O preço da caixa de tomate já se encontra, em Brasília, a R$ 55, R$60. A caixa estava há pouco tempo a R$ 40. Ou seja, o preço já subiu – salienta o pesquisador agrícola Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Carlos Carvalho.
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