Ex-OGX ganha mais uma semana para apresentar plano de recuperação
A Óleo e Gás, ex-OGX fechou acordo com detentores de seus bônus para adiar o prazo de apresentação de seu plano de recuperação judicial, que vencia nesta sexta-feira, em uma semana, informou a empresa em comunicado na sexta-feira (24). A petroleira de Eike Batista, que entrou com o maior processo de recuperação judicial da América Latina no ano passado, acertou com os chamados "bondholders" estender o prazo para apresentação da proposta de 24 para 31 de janeiro de 2014.
A ampliação do prazo ocorre no momento em que a empresa tenta convencer o maior número possível de credores a apoiar o plano de recuperação, disse uma fonte à Reuters. As negociações "continuam evoluindo dentro das expectativas da companhia", afirmou a empresa em nota, sem dar detalhes. A Reuters antecipou na quinta-feira que o plano poderia ser apresentado até o final da próxima semana.
A ex-OGX também acertou a ampliação do prazo, para 31 deste mês, de assinatura do Financiamento DIP, que visa manter a empresa em operação.
Em acordo fechado em dezembro com a maioria dos detentores US$ 3,8 bilhões em bônus, os "bondholders" poderão participar de um empréstimo de entre US$ 200 milhões a US$ 215 milhões, que será conversível em ações. Os detentores não são obrigados a participar do empréstimo, mas aqueles que o fizerem vão para o topo da lista de credores a serem reembolsados se o acordo de reestruturação for aceito.
Segundo a OGX, a implementação do plano, a ser apoiado pelos detentores da maioria dos títulos em circulação, "permitirá a superação da atual crise financeira da companhia, assegurando a continuidade de suas atividades, com o pleno atendimento de seus objetivos e função social".
ANP
A petroleira também informou nesta sexta-feira que prestou esclarecimentos para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre a comprovação da sua adimplência e capacidade financeira, dentro do prazo autorizado pela agência reguladora.
O esclarecimento se refere a compromissos financeiros assumidos nos contratos de operação e concessão da companhia. A petroleira tinha até esta sexta-feira para honrar uma série de compromissos firmados na exploração de blocos exploratórios, sob pena de perder concessões de petróleo na bacia do Espírito Santo, afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto na quinta-feira.
No comunicado, contudo, a empresa não esclareceu se honrou os compromissos.
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