Comissão vai fiscalizar uso da verba Denúncias de atrasos na folha de pagamento e a fornecedores faz Estado tomar medida para vigiar aplicação do repasse
Uma comissão foi criada pela Secretaria de Saúde do Estado (SES) para fiscalizar o destino da verba repassada do governo para o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, que atualmente é administrado pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS), uma Organização Social de Saúde (OSS).
Após denúncias de atraso no pagamento dos funcionários e fornecedores, o secretário de Saúde, Jorge Lafetá, constituiu a comissão que será responsável por fazer um levantamento situacional, bem como um diagnóstico financeiro e débito junto aos empregados. Além disso, a comissão deve acompanhar a realização dos pagamentos dos débitos. O repasse mensal para a unidade é de R$ 2,1 milhões.
O grupo formado por seis servidores começou a atuar ontem na unidade de saúde, e deverá cumprir o que está determinado na portaria durante 30 dias. E por fim, deve apresentar ao secretário um relatório final que comprovará se o dinheiro do Estado está chegando ao seu destino e sendo aplicado no que é contratado.
Dez dias atrás, uma comissão no mesmo molde foi instaurada para fiscalizar os repasses no Hospital Regional de Colíder. Na oportunidade, os médicos fizeram uma paralisaram e afirmaram que não recebem há quatro meses. Na oportunidade a SES afirmou que os repasses estavam em dia, e por isso, a comissão foi instituída.
Sobre a falta de pagamento, a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiroz, afirmou que não recebeu nenhuma denúncia por parte do corpo médico do hospital. Segundo ela, é essencial que os mesmos tenham consciência de que o sindicato deve ser acionado para atuar junto.
"Não recebemos nenhuma denúncia no sindicato. Como é a segunda comissão criada no Estado para fiscalizar esse tipo de conduta, é importante que o sindicato acompanhe. Não tiro o valor da comissão, pois ela é um passo para esclarecer os fatos", ressalta.
Por fim, a presidente insiste que novas políticas de saúde precisam ser executadas em 2014, tendo em vista, por exemplo, a falta de 500 leitos de Unidade de Terapia Intensiva que faltam em todo o Estado. "O pouco que já existe gera dúvidas, então é preciso fiscalizar para que eles funcionem", finalizou.
Em julho do ano passado, os funcionários do Metropolitano paralisaram os serviços por seis dias. Eles alegaram que na época havia atrasos nos repasses mensais, falta de adequação dos valores financeiros e acúmulo da dívida gerada pela criação de novos serviços.
A reportagem entrou em contato com a administração da unidade, mas não obteve retorno até o fechamento.
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