Pesquisador projeta expansão agrícola no sudoeste e centro de MS Aumento da área agrícola nessas regiões deve ser intensificado. Projeção foi apresentada em palestra no Showtec, em Maracaju.
As regiões sudoeste e central de Mato Grosso do Sul devem vivenciar nos próximos anos um processo mais intenso de expansão agrícola, que deve ocorrer, sobretudo, em áreas que estão sendo subaproveitadas com pastagens. A projeção foi apresentada durante o Showtec, em Maracaju, pelo engenheiro agrônomo e diretor executivo da Fundação MS, Renato Roscoe.
Roscoe apontou que no cenário atual de Mato Grosso do Sul quatro regiões do estado têm potencial para ampliar de modo significativo as áreas destinadas a produção agrícola: sudoeste, no entorno de Bonito, Bodoquena, Bela Vista e outros municípios; central, próximo a Bandeirantes; no sul, ao redor de Amambai, e no leste, em Três Lagoas.
Entretanto, as duas regiões em que esse crescimento da área de agricultura deve ocorrer mais rapidamente são o sudoeste e o centro do estado. No entorno de Bonito, no sudoeste, ele explicou que esse processo já está sendo verificado nas áreas cultivadas com soja, por exemplo, que cresceram cerca de 67% em um período de quatro anos, enquanto que nas de milho o aumento foi de 96%.
“A região apresenta solos de alta fertilidade, mas a expansão da agricultura em Bonito e nos municípios próximos tem que ocorrer com muito cuidado e sustentabilidade em razão das belezas naturais dessa região”, ressaltou.
Já na região central, próximo a Bandeirantes, Roscoe comentou que entre os ciclos 2009/2010 e 2012/2013, a área cultivada com soja teve um incremento de 24% e a plantada com milho 87%.
Nessa região, ele comenta que os solos são de textura média, ou seja, arenosos, e que são ideais para projetos de sistemas integrados de produção, como o lavoura-pecuária (ILP) ou lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
No estado, Roscoe comentou que entre essas quatro safras, a área de soja cresceu 11% e a de milho 77%, e que essa expansão está sendo alavancado pelos avanços tecnológicos da atividade agrícola e na melhoria da gestão das unidades produtivas.
No entanto, alertou que em cada região, a continuidade do processo de expansão agrícola ainda tem alguns entraves a serem superados, mas que um gargalo comum em todas as áreas é a questão da mão de obra. “Um dos maiores problemas para a expansão da agricultura em Mato Grosso do Sul é a falta de mão de obra qualificada”, afirmou.
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