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Nacional
Quarta - 29 de Janeiro de 2014 às 16:44

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O motorista Luis Fernando da Costa, de 33 anos, disse em depoimento na tarde desta quarta-feira (29) que estava falando no celular no momento do acidente que causou cinco mortes na Linha Amarela, nesta terça (28). A informação foi passada pelo delegado da 44ª DP (Inhaúma), Fabio Asty, que investiga o motivo de o motorista não ter visto a caçamba levantar antes de colidir com uma passarela na altura de Pilares, na Zona Norte.

Luis Fernando contou ao delegado que começou a falar com um amigo assim que entrou na Linha Amarela. O amigo será convocado para prestar depoimento. Segundo Asty, o condutor do caminhão estava no celular inclusive no momento do acidente. A polícia disse que vai checar informações com a companhia telefônica. O motorista e mais três pessoas seguem feridas.

Mais cedo, Fábio Asty, que investiga o caso, disse que trabalhava com a hipótese de que Luis Carlos estaria ao telefone e que iria interrogar a testemunha sobre isso. O delegado teria informações de que o motorista do caminhão teria sido avisado que a caçamba estava levantada, outro fato negado na delegacia por Antonio Thimoteo, que é motorista de ônibus há 10 anos, e passava pela Linha Amarela pouco antes do acidente.

Antonio disse que tentou chegar perto para avisar, mas que o caminhão estava mais rápido. "Eu só posso andar a 70 km/h e não alcancei", explicou, dizendo que as imagens do ônibus comprovam o que ele diz (veja no vídeo acima).

Ainda de acordo com a testemunha, a carreta havia passado por outras passarelas com a caçamba levantada, mas pelas pistas do meio, onde há altura suficiente. "Ali, onde ele colidiu, é inclinada", explicou.

Depoimento informal do motorista 

Luis Fernando Costa disse em depoimento informal à polícia na terça-feira (28) que não viu a caçamba levantada e que sabia que estava trafegando em horário proibido na via, mas alegou que estava "com pressa". A declaração dele foi dada no hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, onde estava internado.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luis Fernando foi transferido para o Hospital do Coração de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Um representante da empresa Arco da Aliança, responsável pela carreta, também será ouvido na delegacia. Outras testemunhas e sobreviventes serão intimados, após liberação médica, para esclarecer o caso.

Imagens de câmeras de segurança da Linha Amarela, fornecidas pela concessionária Lamsa, que administra a via, também estão sendo analisadas, e a polícia aguarda o resultado dos laudos periciais, que devem ficar prontos em até 10 dias, já que foi pedida urgência na conclusão dos trabalhos.

Mais uma morte

Subiu para cinco o número de mortos no acidente, que ocorreu na altura de Pilares, no Subúrbio. Morreu às 6h desta quarta-feira Luiz Carlos Guimarães, de 60 anos, que estava internado em coma no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, no Subúrbio, após ter sofrido um traumatismo craniano e um edema (inchaço) cerebral.

Luiz Carlos estava no banco de trás do Palio, que foi esmagado pela estrutura. Pelo menos outros dois veículos foram atingidos pela passarela. Ainda não há informações sobre o local e o horário de enterro da vítima.

Enterros

As vítimas da queda da passarela na Linha Amarela foram enterradas na tarde desta quarta-feira em cemitérios da Região Metropolitana do Rio.

Interdição

O acidente com a passarela fechou ambos os sentidos da Linha Amarela na terça-feira. A reabertura no sentido Barra foi às 16h40 de terça. Já o sentido Cidade Universitária reabriu às 18h30. O tráfego ficou lento e com retenção nas vias do entorno.

Segundo a concessionária Lamsa, a carreta trafegou somente por dois minutos na via. A empresa acrescentou que a fiscalização é de responsabilidade da Polícia Militar. Imagens de câmeras de segurança da Lamsa mostram que a caçamba da carreta estava levantada no momento da colisão.






Fonte: Do G1

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