Google vende Motorola para Lenovo por quase US$ 3 bilhões Com negócio, a fabricante chinesa de computadores se transforma em força global de smartphones
Em um movimento surpreendente, o Google anunciou nesta quarta-feira 29 que vendeu a fabricante de celulares Motorola para a chinesa Lenovo. O valor é de US$ 2,91 bilhões, consistindo em US$ 660 milhões em dinheiro, US$ 750 milhões em ações da Lenovo e os US$ 1,5 bilhão restante a ser pago nos próximos três anos.
A Lenovo passa a ser dona da marca Motorola, como seu portfólio de smartphones, incluindo o Moto X e Moto G. Além disso, ela ficará também com cerca de 2 mil patentes. O Google, no entanto, manterá o controle da maioria das patentes que originalmente adquiriu.
O Google comprou a Motorola em 2011 por US$ 12,5 bilhões. Na época, acreditava-se que as razões para a aquisição era o conjunto de patentes que ajudaria a companhia de Mountain View, na Califórnia, a se defender em uma possível batalha jurídica com a Apple, dona do iPhone.
A Lenovo amplia suas ambições no mercado global de smartphones. Apesar de já atuar nessa área, suas vendas eram quase que exclusivas à China. Agora, ela ganha escala global com a aquisição da inventora do telefone celular.
"A aquisição de uma marca icônica fará da Lenovo um forte competidor global em smartphones", disse Yang Yuanqing, CEO da Lenovo, em um comunicado.
A aquisição repete o plano da companhia, que adquiriu a divisão de computadores da IBM em 2004. Com o negócio, a Lenovo se transformou num dos maiores fabricantes de computadores do mundo.
O Google, por sua vez, enfrentava dificuldades com os parceiros globais do Android, o seu sistema operacional para celulares que domina o mercado de smartphones. Muitos deles não gostaram do fato de o Google ser dono também de um fabricante de hardware.
Ao mesmo tempo, a Motorola não conseguiu melhorar os seus resultados. No último trimestre, as perdas operacionais da Motoroal foram de US$ US$ 248 milhões.
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