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Economia
Sexta - 31 de Janeiro de 2014 às 13:35

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Dados do Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável de Mato Grosso (PDFS-MT) apresentado na manhã de ontem, 30, ao segmento de base florestal e membros da classe governamental e da sociedade civil, organizado pela empresa STCP Engenharia e conduzido pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), juntamente com a Secretaria de Estado de Indústria, Minas e Energia (Sicme) indicam que o setor de base florestal poderá elevar a participação no Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do atual índice de 5,4% para 6,5% até 2030, saltando de R$ 3,256 milhões para R$ 7,234 milhões ao ano. 

O fortalecimento da atividade é acompanhado pelo aumento das áreas de preservação e conservação florestal por meio dos projetos de manejo florestal sustentável, atualmente ocupando 2,3 milhões de hectares no Estado, mas com possibilidade de envolver 8 milhões de hectares nos próximos 20 anos. Outro ponto é que, com o incremento nas áreas de manejo florestal, a produção madeireira originária da floresta nativa pode crescer entre 7% (lenha) a 74% (serrados) até 2030. 

Contudo, para obter esses resultados, será preciso estabelecer ações estratégicas, como a simplificação de processos de licenciamento ambiental, melhoria da regularização fundiária, adequações e incentivos fiscais e tributários, apoio a planos de manejo, acesso a financiamento, desenvolvimento de matéria-prima e produtos, promoção de mercado e melhoria de infraestrutura e logística, conforme conclusão do estudo que vem sendo feito desde maio de 2013. 

A apresentação foi feita para validar o documento que, a partir de agora, vai nortear as ações em busca do desenvolvimento do segmento madeireiro no Estado. A apresentação, feita pelo consultor Ivan Tomaselli, ocorreu na Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) e contou com a participação de 110 pessoas. Entre os presentes, estava o deputado estadual, José Riva (PSD), que representou os demais parlamentares da Assembleia Legislativa. Ele afirmou que a Casa apoia totalmente o estudo e a implementação do Programa, uma vez que a madeira é um produto muito nobre, mas que vem sendo desmerecida continuamente pela sociedade brasileira. Como exemplo ele citou o fato de ter ouvido o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), cujo estado é o principal mercado consumidor de madeira da Amazônia, dizer que, comprar este produto (madeira amazônica) era um ‘crime’. Isso, explicou Riva, se deu pelo desconhecimento do que é o trabalho de Manejo Florestal. “Quem faz manejo deveria receber um prêmio e não ser discriminado por trabalhar com o corte de madeira já que, na verdade, está contribuindo não só para a economia estadual, mas também para a conservação ambiental”, explicou. 

O presidente do Cipem, Geraldo Bento, disse que o setor está muito satisfeito com o resultado do PDFS. E que, nessa uma década de existência do Cipem, o setor pode se orgulhar por estar ainda mais forte. Diferente do que ocorria antes com cada um correndo atrás de seu espaço sem conseguir quase nada. “O potencial é imenso. Levantamento do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF) indica que atualmente existem 214 bilhões de ativo florestal na Amazônia e 28% desse montante está em Mato Grosso. Podemos explorar até 9 milhões de m2 de madeira, proveniente do manejo, contudo, hoje só utilizamos 3 milhões. Isso significa que estamos muito aquém do que temos em potencial e este programa vai dar um Norte para o setor”, destacou. 

O secretário de Estado de Meio Ambiente, José Lacerda, elogiou a iniciativa do Cipem em idealizar o PDFS bem como a proposta de criar uma agência implementadora, promovendo estudos no âmbito da cadeia produtiva estadual de florestas e ações para a base de produção, com agregação de valor e competitividade nos mercados nacional e internacional. 

“A Sema, nesse contexto, terá o papel fundamental de integrar os trabalhos de revisão dos instrumentos legais e institucionais para a simplificação dos processos de licenciamento e, também, pelo fomento à assistência técnica no apoio aos planos de manejo da floresta”, garantiu Lacerda.(com assessoria)





Fonte: O Documento

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