México começa a registrar milícias que enfrentam narcotraficantes Medida visa a tornar os integrantes um grupo oficial de defesa rural em Michoacán

O governo mexicano começou a registrar as milícias no conturbado estado mexicano de Michoacán (oeste) para que se transformem oficialmente em grupos de defesa rural.

O processo de registro dos integrantes das milícias, autodenominadas grupos de defesa, começou na quarta-feira (29) e deve incluir entre 400 e 600 pessoas na próxima semana, incluindo o tipo de arma que portam, informou Alfredo Castillo, comissário federal para a Segurança de Michoacán.

As milícias foram criadas em 2013 com o objetivo de defender suas comunidades de extorsões, sequestros e assassinatos executados por narcotraficantes.

O governo decidiu "institucionalizar" os grupos com o compromisso de que o Estado reforçará a segurança em suas localidades.

Mas o acordo foi alcançado apenas com os milicianos de oito comunidades de Michoacán, reduto violento do cartel Los Caballeros Templarios. Mais de 20 municípios da região contam com grupos de autodefesa.

Castillo disse que o governo pretende alcançar os mesmos acordos com todos os grupos de civis armados de Michoacán.

Alguns líderes das milícias afirmam que os grupos alcançam 10 mil pessoas, que protegem 72 comunidades em mais de 30 municípios de Michoacán e do estado de Guerrero.