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Economia
Domingo - 02 de Fevereiro de 2014 às 17:15
Por: Fábio Amato

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O nível dos reservatórios de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que são responsáveis por cerca de 70% de toda a energia produzida no país, chegou ao final de janeiro com média de 40,57% de armazenamento de água, informa o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Essa marca, verificada na última quinta-feira (30), é a 4ª mais baixa para meses de janeiro desde 2000 nas represas dessas duas regiões que, para o ONS, formam uma única bacia. E ela está bem próxima do nível do final de janeiro de 2013, que foi de 37,46%, quando havia preocupação quanto ao risco de racionamento de energia – que foi sempre descartado pelo governo.

Porém, a situação atual dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste é bem melhor do que em janeiro de 2000 (29%) e 2001 (31,41%), respectivamente o 1º e 2º piores resultados históricos para o mês. Em junho de 2001 o governo decretou racionamento de energia.

Chuvas fracas

Mais uma vez, o baixo nível dos reservatórios nas principais regiões produtoras de energia é resultado da chuva abaixo do esperado e insuficiente para levar a uma recuperação dessas represas, que já haviam sofrido com a falta de água durante o último verão.

“A situação do mês de janeiro é desfavorável e não prevista. Na última quinzena de dezembro de 2013, choveu muito bem e os reservatórios estavam em recuperação. Já em janeiro, o regime de chuvas não foi tão bom quanto estava desenhado”, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

Ele apontou, porém, que só vai ser possível fazer uma avaliação da situação dos reservatórios quando terminar o período chuvoso, ao final de abril. Até lá, a expectativa é que as chuvas voltem a ocorrer com mais frequência na bacia Sudeste/Centro-Oeste.

Termelétricas

O problema é que, assim como no ano passado, houve nas últimas semanas aumento da produção de energia por meio das usinas termelétricas, para poupar água dos reservatórios.

A previsão do ONS para esta semana era a geração de cerca de 13 mil megawatts-médios por meio dessas usinas, valor bem próximo do verificado nesta mesma época do ano passado.

Além da queda no nível dos reservatórios, contribui para a necessidade do uso de térmicas a alta do consumo de energia no país devido ao calor, que vem batendo recordes nas últimas semanas.

O problema com o uso das usinas termelétricas é que a energia gerada por elas é mais cara que a das hidrelétricas. Então, quando elas são ligadas, a conta de luz tende a aumentar. Em novembro, o G1 mostrou que a conta a ser paga pelos consumidores devido ao uso das térmicas já era, até agosto de 2013, de R$ 8,6 bilhões, valor suficiente para uma alta média de 8% nas tarifas de energia.





Fonte: Do G1, em Brasília

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