PMDB pode caminhar com Taques para garantir palanque à Dilma
O PMDB pode caminhar junto com o senador Pedro Taques (PDT) nas eleições de outubro para garantir palanque forte à presidente Dilma Rousseff (PT), que vai buscar a reeleição. A afirmação é do presidente da Assembleia Romualdo Junior (PMDB). “Isso está sendo discutido a nível palaciano, nível de Brasília. O Estado tem que ter palanque bom para a Dilma”, detalhou nesta segunda (03), na volta aos trabalhos do Legislativo.
A preocupação se deve ao fato de tanto a presidente Dilma, quanto o ex-presidente Lula da Silva terem a tradição de perder eleições em Mato Grosso. Só em 2002 Lula venceu José Serra (PSDB), mas em 2006 perdeu para Geraldo Alckmin (PSDB) e Dilma foi derrotada por Serra em 2010.
O presidente da AL também ressaltou que o PR não vai caminhar separado do grupo. “Se tiver que apoiar Taques, vai todo mundo”, garante. Isso porque os republicanos vêm dialogando com o grupo, que vai adotar discurso oposicionista à gestão Silval Barbosa (PMDB). Nas negociações coloca-se a possibilidade da esposa do senador Blairo Maggi (PR), Terezinha Maggi, ser vice do pedetista na disputa ao governo.
As afirmações de Romualdo, contudo, vão na contramão não só das manifestações do cacique da sigla, deputado federal Carlos Bezerra, quanto de Taques. Bezerra defende com unhas e dentes o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) ao governo. O petista se saiu muito bem durante as eleições para prefeito de Cuiabá, quando foi derrotado depois de dar trabalho ao prefeito Mauro Mendes (PSB).
Já o senador faz duras críticas ao governador quando tem oportunidade. Já o fez durante viagem ao Vale do Araguaia, em plenário no Senado, à imprensa. Diante disse, uma aliança com o PMDB poderia ser incoerente. Além do mais, Taques também nunca poupou a presidente Dilma de ataques nesses três anos à frente do Legislativo.
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