Garcia avisa a vereadores que poderá deixar o cargo
Principal elo entre os poderes Executivo e Legislativo na Capital, o secretário municipal de Governo, Fábio Garcia (PSB), aproveitou a sessão de abertura dos trabalhos da Câmara de Cuiabá, realizada ontem (4), para anunciar que poderá deixar o cargo em março para disputar uma vaga na Câmara Federal na eleição de outubro.
“Vou ficar concentrado nas minhas ações como secretário de Governo até o que prevê a Legislação. Aqueles que ocupam cargo público têm data específica para tomar essa decisão. Não vamos antecipar eleições”, amenizou, ao discursar aos parlamentares.
O convite para que o secretário encabece a disputa por uma vaga de deputado federal pelo partido partiu do próprio prefeito Mauro Mendes (PSB), que preside a legenda no Estado.
Ao lado do ex-prefeito de Juara, Oscar Bezerra, o titular de uma das Pastas mais importantes do Alencastro seria uma das apostas do PSB para obter votos e reconquistar uma vaga na Câmara Federal.
O partido perdeu representação depois que o deputado federal Valternir Pereira migrou para o recém-criado Pros, no final do ano passado.
Caso Garcia decida por abandonar o cargo de confiança no Executivo, o andamento dos trabalhos entre a Prefeitura e a Câmara pode ser prejudicado.
Até lá, no entanto, ele garante que, por meio de muito diálogo, tentará manter o clima entre os dois Poderes que, de antemão, considera “harmonioso”.
“Tenho certeza que vamos dialogar muito. Tanto a Câmara quanto a prefeitura estão imbuídas no objeto de fazer o melhor papel possível em prol da população”, sustentou.
O presidente da mesa diretoria, vereador Júlio Pinheiro (PTB), partilha da opinião e também classifica o relacionamento como pacífico. No ano passado, contudo, em inúmeras oportunidades o Executivo entrou em embates com o Legislativo.
METAS DA CÂMARA - Nas intenções do presidente para este ano, está a elaboração de uma agenda positiva para discutir uma série de questões. A prioridade para Pinheiro é estabelecer o plano diretor da Capital.
“Cuiabá é oriunda de 60% de invasão. Temos que nos atentar para modernidade, sem esquecer que temos ruas históricas”, disse.
O maior desafio da Câmara, todavia, será o de superar o déficit de mais de R$ 8 milhões remanescentes da gestão do ex-presidente João Emanuel (PSD) com um orçamento menor do que o de 2013. “Até junho, esse déficit será zerado”, garante o petebista.
Para atingir o objetivo, Pinheiro afirma que enxugará o quadro de pessoal e economizará em tudo o que for possível. (TP)
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