Banco Central não autorizou criação do Banco Amaggi Pedido está em fase inicial de análise pelo Banco Central

Ao contrário do que foi publicado pela imprensa, inclusive em nível nacional, o Banco Central não aprovou o pedido de criação do Banco Amaggi, solicitado pelo grupo comandado pelo senador Blairo Maggi (PR).

Os acionistas do Grupo André Maggi ingressaram com um pedido de licença para operação no setor bancário, no final de 2013. O pedido, atualmente, está sob análise do Banco Central. 

Se todas as etapas forem cumpridas, com aval do BC, a expectativa é que o banco comece a operar no mercado em 2015.

A intenção dos acionistas, caso seja aprovado o pedido de licença, é desenvolver a atividade de forma segregada das operações desenvolvidas atualmente pelo Grupo. 

Como o processo está em fase inicial de avaliação, o grupo preferiu não se manifestar sobre o assunto.

A princípio, caso se viabilize, o banco deve atuar somente em Mato Grosso. A expansão para outros Estados se daria em uma fase posterior. Como não será um banco de varejo, não haverá contas-correntes ou cadernetas de poupança.

Etapas

A abertura de um banco, no Brasil, é feita em três etapas: análise do plano de negócios; autorização para a constituição da pessoa jurídica; e autorização para o funcionamento da instituição. Nenhuma delas foi cumprida, até o momento, pelo Grupo Amaggi.

De acordo com a assessoria do Banco Central, antes de autorizar a abertura de um banco são examinadas a reputação e a capacidade técnica, econômica e financeira dos integrantes do grupo de controle, e a licitude dos recursos a serem utilizados no empreendimento, entre outros fatores.

O órgão avalia, também a reputação de todos os ocupantes de órgãos estatutários (membros dos conselhos de administração e fiscal, da diretoria e do comitê de auditoria do banco a ser criado), e a capacidade técnica dos administradores (membros do conselho de administração e da diretoria).

“Uma vez atendidos todos os requisitos legais e regulamentares, o Banco Central expede a autorização para funcionamento da instituição”, disse a assessoria.

Ex-rei da soja, e atualmente um dos maiores produtores do grão no mundo, Blairo Maggi é dono de uma fortuna de R$ 2,3 bilhões, segundo a revista americana Forbes. Já o grupo Amaggi teve, no último ano, uma receita bruta de R$ 6,4 bilhões.