Para barrar pedágio, grupo já planeja interditar a MT-251 Manifestantes organizam reuniões em três cidades que pode ser afetada” pela cobrança
Um grupo de pessoas contrárias à instalação de praças de pedágio na Rodovia Emanuel Pinheiro, a MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte) e também a Campo Verde (133 km ao Sul), estudam interditar a via, caso o Governo do Estado não volte atrás na decisão.
Ao MidiaNews, um dos apoiadores do movimento, Caiubi Kuhn, disse que a medida será tomada em último caso.
“Antes, estamos nos organizando, contando com o apoio das Câmaras Municipais de Chapada e Campo Verde, que estão realizando audiências públicas, ouvindo a população e recolhendo assinaturas de abaixo-assinado contra o pedágio”, disse.
Segundo Kuhn, além das reuniões com manifestantes, foi encaminhado, via Câmara Municipal de Chapada, um documento à Secretaria do Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), pedindo audiência com a pasta para discutir a inviabilidade do pedágio.
“Também contamos com apoio do deputado estadual Ezequiel Fonseca (PP), que prometeu discutir o assunto na Assembleia Legislativa, de produtores rurais contrários à cobrança na MT-251, de associação de bairros. Enfim, são diversos apoios, em diversos segmentos, para fortalecer o movimento. A expectativa é de que o Governo do Estado nos ouça”, afirmou Kuhn.
Para o manifestante, ainda que não haja um prazo específico para que o Poder Executivo dê uma resposta, a expectativa é que o quanto antes o assunto seja resolvido.
“Todos estão dizendo não. O mínimo é que o Estado nos escute e aceite nossas reivindicações. Não há por que ter cobrança de pedágio entre Cuiabá e Chapada, por exemplo, com distância de 67 quilômetros apenas”, disse.
Recuo
Apesar de ainda não ter se manifestado publicamente se o pedágio pode ser cancelado, o Governo do Estado, por meio da Setpu, já recuou no mês passado do projeto inicial.
O secretário Cinésio de Oliveira pediu reavaliação da quantidade de praças de cobrança.
A justificativa foi a de haver necessidade de um novo levantamento, após as três audiências públicas realizadas nos três municípios, quando foi apresentado o estudo de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e operacional da rodovia.
Foi no estudo apresentado nos encontros que o Governo do Estado indicou que o pedágio poderia ter quatro praças e o preço máximo de R$ 7,50 por trecho.
Agora, segundo o secretário, serão reavaliados os valores das tarifas, as praças de pedágio e os investimentos a serem realizados pela empresa vencedora da licitação.
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