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Sábado - 08 de Fevereiro de 2014 às 16:29
Por: ALECY ALVES

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Depois de ser inaugurado, o viaduto da Sefaz teve de ser restaurado e segue provocando polêmica, agora em torno de seu nome
Depois de ser inaugurado, o viaduto da Sefaz teve de ser restaurado e segue provocando polêmica, agora em torno de seu nome

O nome oficial do viaduto da Sefaz, na Avenida Rubens de Mendonça (CPA), levanta uma nova polêmica em torno de obras da Copa. A quem cabe e qual o procedimento correto para denominar projetos arquitetônicos no município de Cuiabá? Poderia ser por decreto governamental? Precisa de lei municipal? O caso foi parar até no Ministério Público Estadual. 

Surpreso com o nome que consta no convite que recebeu para inauguração do viaduto, o vereador cuiabano Macrean dos Santos Silva garante ser exclusividade da Câmara, por meio de lei, dar nome aos monumentos públicos erguidos no município. 

Marcrean é autor do projeto de lei, aprovado por unanimidade, que batiza a obra como “Viaduto Grande Templo”, numa referência à igreja Assembleia de Deus, a maior da América Latina, vizinha da nova via de mobilidade urbana. 

Homologada pelo prefeito Mauro Mendes, a lei municipal entrou em vigor no dia 30 de dezembro de 2013, data de sua publicação. Mais de um mês depois, o governador Silval Barbosa assinou decreto que homenageia o empresário Jamil Boutros Nadaf, pai do secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf. 

Ontem, Macrean e o presidente da Câmara, Júlio Pinheiro, encaminharam ao Ministério Público uma representação contra o governador Silval Barbosa. 

Os parlamentares pedem a intervenção do órgão para exigir que do peemedebista o cumprimento da lei. 

De acordo com Macrean, a obra em questão deveria seguir o rito dos viadutos da UFMT e do Tijucal, que por lei municipal homenageiam o jornalista Clóvis Roberto e Jaime Miguel de Oliveira, respectivamente. 

O vereador disse que lei dele não é nenhuma novidade no Palácio Paiaguás. “O deputado Sebastião Rezende, que é da igreja Assembleia de Deus, conversou com o governador sobre nosso projeto, a lei aprovada pela Câmara”, assegura. 

Ontem, Macrean oficializou a Casa Civil, o gabinete do governador, a Assembleia Legislativa na tentativa de reverter a situação. Ele quer a mudança do nome antes da inauguração do viaduto, agenda para a próxima segunda-feira(7). 

Macrean observa que não é contra a homenagem ao empresário Jamil Boutros Nadaf, mas acha que o governo também deve respeito aos mais de 30 mil fiéis da Assembleia de Deus. 

A reportagem não conseguiu fazer contato com o governador Silval Barbosa.





Fonte: Do Diário de Cuiabá

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