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Agronegócios
Terça - 11 de Fevereiro de 2014 às 13:24
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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O volume exportado de milho produzido em Mato Grosso, de julho a dezembro de 2013, foi de 11,12 milhões de toneladas. O montante corresponde a 50% de uma segunda safra de 22,5 milhões de toneladas, a maior da história no estado, volume 9,2 vezes maior do que o registrado uma década atrás. Aliado às toneladas enviadas para outras regiões consumidoras no Brasil, esse volume ultrapassou 65% do que foi produzido na segunda safra. 

Frente ao déficit de armazenagem e altos custos de frete, o escoamento realizado em tempo recorde reduziu os entraves a serem enfrentados pelos produtores para a colheita de soja desta safra 2013/2014. “Ainda teremos altos custos de frete, mas o problema seria ainda maior se o milho da safra passada não tivesse sido escoado de forma rápida. O que certamente faria o produtor repensar o quanto plantaria na próxima safra. E se o cultivo do milho ficar inviabilizado, o produtor, o estado e o Brasil também perdem”, explica o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro. 

O cultivo do milho segunda safra é essencial para as lavouras mato-grossenses em ocasião tanto dos ganhos agronômicos, com a rotação de cultura, plantio direto e cobertura do solo na época da seca, como da economia de escala, com uma segunda cultura usando a mesma área e mesmas estruturas. 

Comercialização – O cenário de déficit de armazenagem após a colheita do milho era crítico, pois os valores de venda estavam abaixo do custo de produção. Nesse panorama foram importantes as intervenções do Governo Federal, por meio dos Leilões de Milho Pepro, Contratos de Opção e AGF, pois havia a necessidade de equalizar os altos custos de escoamento para que o produtor conseguisse reduzir os prejuízos e escoar em tempo hábil. Do contrário, ocorreria o encarecimento demasiado do escoamento da safra de soja. 

Essas três intervenções do Governo Federal beneficiaram quase 47,7% da produção de Mato Grosso, ou seja, 2,08 milhões de toneladas foram comercializados por meio dos Contratos de Opção, 8,36 milhões de toneladas por meio dos Leilões de Pepro, e 300 mil toneladas por meio do AGF, aquisições do Governo Federal. “Essas intervenções do Governo federal na produção de segunda safra refletiram um reconhecimento à dedicação dos produtores rurais e foram decisivas para a continuidade da produção de segunda safra no estado”, lembra Carlos Fávaro. 

Outro ponto a ser ressaltado, é que os estoques públicos nacionais de milho foram garantidos por Mato Grosso. Apenas no estado estão armazenadas mais de 2,3 milhões de toneladas de Contratos de Opção e AGF, que serão destinados também às regiões com mais necessidades. 

Perspectivas – Segundo o presidente da Aprosoja, após os ganhos de produtividade nas lavouras é preciso aumentar o consumo interno de milho em Mato Grosso. “Já conseguimos aumentar e potencializar a produção de milho, agora é preciso medidas que auxiliem e viabilizem esse consumo no estado, seja por meio incentivos em matrizes de transformação de proteína vegetal em proteína animal, seja por meio da produção de etanol de milho e DDG.” Além disso, os investimentos em logística previstos para o estado tornam os grãos e a proteína mais competitiva, possibilitando abastecer todo o Brasil.(com assessoria)





Fonte: Do Diário de Cuiabá

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