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Quinta - 13 de Fevereiro de 2014 às 08:57
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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EDNILSON AGUIAR
Presidente Dilma Rousseff (PT) esteve ontem (11) em Lucas do Rio Verde, onde participou do lançamento da colheita de grãos deste ano
Presidente Dilma Rousseff (PT) esteve ontem (11) em Lucas do Rio Verde, onde participou do lançamento da colheita de grãos deste ano

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Pedro Taques (PDT) aproveitaram a visita dela a Mato Grosso para começar um trabalho de aproximação. De olho nas eleições de outubro e na popularidade do congressista no Estado, a petista - que deve concorrer à reeleição – pediu apoio irrestrito do senador pré-candidato ao seu projeto. 

Depois da passagem por Lucas do Rio Verde, quando deu início simbólico à colheita de grãos, Dilma seguiu para Sinop, onde embarcou para Brasília. Levou consigo Taques e o também senador Blairo Maggi (PR), além do deputado Wellington Fagundes (PR). 

A presidente já havia manifestado a intenção de ter um palanque único em Mato Grosso. Ela não gostaria de passar pelo mesmo desconforto de 2010, quando teve que estar ao lado de dois candidatos e, mesmo assim, perdeu no Estado para José Serra (PSDB). 

Se a intenção da petista se confirmar, ela deve esvaziar os palanques mato-grossenses de seus dois principais adversários: o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que até agora contam com o apoio de Taques. 

Segundo uma fonte ligada à cúpula governista, a presidente aproveitaria a viagem para dizer que apoia sim a candidatura de Taques, mas que gostaria de ver a união dele com os demais partidos da base aliada ao seu governo. 

No entanto, Taques deve relutar, sobretudo, porque em 2010 foi eleito por um grupo que não contava com o aval da petista. Naquele pleito, Dilma pediu votos para outros dois candidatos ao senado: Blairo Maggi e Carlos Abicalil (PT). 

Outro motivo é que, ao se aliar com os partidos que apoiam o governador Silval Barbosa (PMDB), Taques correria o risco de ser visto como “incoerente” pela população, já que seu partido faz oposição ao governo do peemedebista. 

Além disso, o senador poderá perder o apoio de ao menos quatro legendas. A principal entre estas seria o PSB, do prefeito Mauro Mendes, primeiro a apoiar a candidatura de Taques ao Paiaguás. Isso porque o prefeito já anunciou que deve ser o coordenador da campanha de Eduardo Campos em Mato Grosso. 

Já o DEM é coligado ao PSDB, de Aécio, desta forma, o senador perderia o apoio dos irmãos Júlio e Jayme Campos, ambos do DEM, e do deputado federal Nilson Leitão, presidente regional dos tucanos. 

Quem faz a intermediação da negociação entre Dilma e Taques, todavia, é o senador Blairo Maggi, que ensaia uma aliança do PR com Taques, mas não abre mão de apoiar a reeleição da presidente. 

No início da semana, o deputado Carlos Bezerra, presidente do PMDB no Estado, afirmou que já não trabalha com a hipótese de se aliar ao PDT. Segundo ele, as legendas até tentaram uma articulação nacional, mas desistiram da ideia no caso de Mato Grosso. 

PRIMEIRO TURNO - Dilma luta para ganhar a eleição ainda no primeiro turno. Na avaliação da cúpula petista é importante terminar o pleito o quanto antes. As últimas pesquisas de intenção de votos têm demonstrado que a presidente segue num ritmo de crescimento constante com possibilidade de vitória.





Fonte: Do Diário de Cuiabá

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