Funcionários denunciam caos em escola para atender deficientes
Um vídeo enviado por leitor do Rdnews mostra a precariedade do Centro Estadual de Atendimento e Apoio ao Deficiente Auditivo, em Cuiabá. Teto mofado e água acumulada em sala de aula são alguns dos problemas enfrentados por alunos e professores. Conforme a fonoaudióloga, Claudiane Campos, há dois anos o Centro aguarda pela mudança do prédio, localizado no centro da Capital. Ela conta que o auditório do local e uma das salas já pegaram fogo devido à má fiação. “Durante a noite não tem luz nos corredores. A escola deveria funcionar”, reclama.
Segundo Claudiane, a secretaria de Estado de Educação (Seduc) já foi procurada diversas vezes, no entanto, sempre alegava que não havia outro lugar para comportar os alunos. Ela explica que ano passado a secretaria informou que até julho mudariam, mas estão sem respaldo até agora. Conforme a fonoaudióloga, após as inúmeras reclamações, a Seduc ofereceu o prédio da escola estadual Emílio de Figueiredo, perto do Pronto-Socorro da Capital. De acordo com a assessoria da secretaria, a transferência será feita no primeiro semestre. O prédio está sendo totalmente reformado e adaptado aos alunos com deficiência. A Seduc está investindo R$ 386 mil na reforma, que já iniciou e deve ser concluída nos próximos meses. A secretaria, no entanto, não deu precisão na data de mudança, disse que a empreiteira tem previsão de 120 dias para entrega.
O Centro de Atendimento foi inaugurado em 2010, no bairro Dom Aquino, depois mudou para o CPA e agora está no centro da cidade. Hoje atende cerca de 100 alunos, entre 5 a 70 anos, que estudam nos três períodos, manhã, tarde e noite. Dentre estes, cinco são cegos. A fonoaudióloga diz que onde estão não há adaptação para os alunos cegos, e os banheiros não são adequados para atender a demanda. Claudiane também ressalta que a quadra poliesportiva não é coberta, o que dificulta ainda mais a qualidade das aulas. Além disso, quando chove entra água pelas janelas e inunda algumas salas. “Não tem como ficar no último andar quando chove. O que queremos é a certeza do prazo de mudança, porque a tempos a Seduc vem nos enrolando”, frisa a fonoaudióloga.
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