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Policia MT
Quinta - 13 de Fevereiro de 2014 às 15:57
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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MidiaNews
O juiz Julier Sebastião, que teve documentos apreendidos pela Polícia Federal
O juiz Julier Sebastião, que teve documentos apreendidos pela Polícia Federal

O desembargador Luciano Tolentino Amaral, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF/1), determinou que a Polícia Federal faça a devolução de todos os documentos e dispositivos de mídias apreendidos na casa e no gabinete do juiz federal Julier Sebastião da Silva, durante realização da Operação Ararath, no final do ano passado, em Cuiabá.

Na decisão, o desembargador destacou que a busca feita pela PF “não se referia aos objetivos de investigação”.

Entre os documentos apreendidos estavam escrituras de imóveis de propriedade do magistrado, além de notebooks e HDs (discos rígidos de computadores).

“Houve um descompasso com o que se investigava. Não tem razão de ser a manutenção dessa apreensão”, afirmou Amaral, na decisão.

A decisão, na prática, anula as investidas da PF em relação ao magistrado.

Julier é investigado por, supostamente, ter favorecido a empresa Encomind Engenharia Comércio e Indústria Ltda. em uma decisão judicial.

A reportagem tentou falar com o advogado que defende o magistrado, mas as ligações não foram atendidas.

A operação

No dia 12 de novembro de 2013, a Polícia Federal realizou a primeira etapa da operação. 

Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e no escritório do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça.

Ele é acusado pela PF de participar de um esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro em Mato Grosso, que teria movimentado mais de R$ 500 milhões.

Na segunda etapa da operação, realizada no dia 25, os mandados foram cumpridos na residência e gabinete do juiz federal Julier Sebastião da Silva, e na casa e escritório do então presidente do Detran de Mato Grosso, Gian Castrillon.

Outros alvos dos mandados foram o bacharel em direito Thiago Dorileo, apontado pela PF como suposto “lobista" no Judiciário, e a empresa Encomind, do ramo da construção.

A 3ª fase da operação ocorreu no dia 16 de dezembro. A PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão, em três cidades do Estado.

Dos sete mandados expedidos, cinco foram em Cuiabá, um em Várzea Grande e um em Tangará da Serra. Os alvos foram duas empresas e cinco pessoas físicas.

Entre os alvos dos mandados, estão a sede da Construtora Guaxe-Encomind, em Tangará da Serra, o escritório do Consórcio Planservi-Sondotécnica, em Cuiabá, e um grupo atacadista em Várzea Grande, que atuaria no ramo de factoring.

O Consórcio Planservi-Sondotécnica foi contratado para gerenciar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande, ao custo total de R$ 46,9 milhões, com vigência de 27 meses, na modalidade Regime Diferenciado de Contratação (RDC).





Fonte: DO MIDIAJUR

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