Estudo busca estabelecer normas para resíduo de antibiótico no queijo Excesso de antibacterianos em leite e seus derivados pode causar reações alérgicas, asma brônquica e provocar choque anafilático
O uso inadequado de alguns antibióticos por produtores rurais e médicos veterinários no tratamento de doenças infecciosas de vacas leiteiras tem contribuído para a presença de resíduos de antimicrobianos no leite.
Dependendo da quantidade e o tipo de antibiótico contida no leite e seus derivados, o perigo de reações alérgicas pode causar danos graves à saúde, conforme predisposição do consumidor, alerta o pesquisador do Programa de Pós-graduação em Ciência dos Alimentos da Faculdade de Ciência Farmacêutica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Victor Braule Pinto Marques. Em seus estudos, Vitor buscou normatizar metodologias para a verificação da quantidade de limites máximos desses antibióticos no queijo.
A pesquisa foi estimulada pelo pelo aumento do interesse na avaliação de resíduos de antibióticos em alimentos . Neste campo, limites máximos de resíduos (LMR) para antibióticos em leite foram estabelecidos em todo o mundo.
" Uma política rigorosa de controle desses resíduos é fundamental devido aos impactos para a saúde humana. O alto nível dessas substâncias em derivados do leite pode provocar reações alérgicas, como urticárias, dermatites ou rinites e asma brônquica, além de risco de choque anafilático em casos de indivíduos sensíveis a estes antibióticos, e desequilíbrio da microbiota intestinal. As reações são relacionadas principalmente às penicilinas" , afirma Marques.
O estudo mostrou que é necessária uma legislação que possua uma normatização dos métodos de extração de antibióticos, para aumentar a comercialização, já que a lei de segurança alimentar impõe regras até certo ponto, internacionalizadas, de modo que as relações entre os povos possam atender as necessidades comerciais e sanitárias.
Alegando esta razão, alguns países adotam barreiras sanitárias a matérias-primas, agropecuárias e produtos alimentícios importados, o que interdita muitos produtos com excesso de antimicrobianos.
O pesquisador afirma que novos estudos são necessários para aperfeiçoar as metodologias apresentadas em sua pesquisa, bem como avaliar a validação dos parâmetros estabelecidos para outros tipos de queijo.
Com informações da Fapeam
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