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Segunda - 17 de Fevereiro de 2014 às 09:35

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Um dos sócios da Pax Nacional, maior empresa de plano funerário de Mato Grosso, e também proprietário da funerária Dom Bosco, uma das três concessionárias do serviço funerário em Cuiabá, Nilson Martins Marques, negou a existência de monopólio empresas do setor durante visita de um grupo de vereadores de Cuiabá, Juca do Guaraná, Lilo Pinheiro e Onofre Júnior, a algumas funerárias, na sexta-feira (14). “É preciso desmistificar esse pensamento de que as funerárias em Cuiabá realizam a prática de cartel ou atuam como uma máfia”, declarou o empresário. 

Conforme determina a Lei Orgânica de Cuiabá, “compete ao município dispor sobre o serviço funerário”, que durante a gestão do ex-prefeito Francisco Galindo, foi concedido a três empresas vencedoras da licitação. Sendo assim, desde o dia 8 de fevereiro de 2012 as empresas Santa Rita, Dom Bosco e Santo Antonio detêm a concessão dos serviços funerários de Cuiabá. O convênio tem duração de 10 anos podendo ser prorrogável, por uma vez, pelo mesmo período. O processo de licitação ocorreu a nível nacional em 2011.

Depois de ter negado a existência de uma ‘máfia’, Nilson Marques apresentou um gráfico de serviços funerários que revelou que, hoje, a Pax Nacional detém 48% do serviço funerário em Cuiabá. Também consta do documento que ficam 24% para as empresas particulares, 14% para o serviço gratuito e os demais 12%, são cadáveres desviados, que segundo ele, “são empresas de ‘fora’ que vem e ‘roubam’ o corpo”. 

Marques aproveitou a ocasião para enfatizar que “a Pax não é uma concessionária de serviços funerários é uma empresa de serviços familiares”. Porém, dentre os serviços ofertados pela Pax estão também os funerários. O empresário também declarou que o número de funerárias em Cuiabá é suficiente para atender a demanda da população e ainda revelou um segredo de ‘camaradagem’. 

“Atualmente para a empresa Santo Antônio se manter a Pax dá 20 óbitos para ela não perder a concessão, pois se isso acontecer poderá gerar uma série de transtornos para as que permanecerem”, declarou. O empresário explicou que, pelo fato de a Pax não ser concessionária ela pode repassar cadáveres para qualquer outra funerária. Marques também declarou que as empresas atuam amigavelmente no setor. 

A visita dos parlamentares durou toda a manhã e percorreu duas funerárias, Pax Nacional e Dom Bosco, a central funerária e o Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá. Os vereadores aproveitaram a ocasião para proporem melhorias no serviço gratuito deixando de lado o discurso inicial da existência de monopólio entre as empresa. 

Segundo o vereador Juca do Guaraná, é preciso dar outras alternativas de urnas fúnebres para quem precisa do serviço gratuito, e, futuramente também incluir como opcional o serviço de tanato, mesmo tendo aderido ao serviço gratuito. Tanatopraxia é uma técnica para estabilizar ou retardar a decomposição do corpo dando uma aparência estética melhor ao cadáver, o custo do serviço varia entre R$ 650 a R$ 850. 

Suposta máfia das funerárias

O questionamento da existência de um suposto monopólio entre as empresas concessionárias começou em 20013 pelo então presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel. Na época ele chegou a anuncia a criação de um Projeto de Lei com proposta de mudança no sistema de concessão do setor para acabar com a “máfia” das empresas funerárias.

O parlamentar chegou a dizer que os serviços eram comandados pelo mesmo grupo de empresários desde que se iniciou o modelo de concessão, e, e chegou a citar que as funerárias - Dom Bosco e Santa Rita – comandavam o setor. Para quebrar o monopólio a proposta do social-democrata permitiria a realização de uma nova licitação para aumentar o número de empresas concessionárias na capital, de forma houvesse a existência de uma para cada 100 mil cidadãos.





Fonte: Olhar Direto

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