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Segunda - 24 de Fevereiro de 2014 às 12:39

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O governador Silval Barbosa (PMDB) engrossou o coro pela indicação do secretário executivo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, que pertence ao setor produtivo de Mato Grosso, para assumir o cargo de ministro de Estado em uma articulação que passou também pelo PT e pelo PR de Blairo Maggi, além de uma composição eleitoral no Estado.

Silval juntamente com o presidente do PMDB, o deputado federal, Carlos Bezerra, se reuniu com o líder do partido na Câmara Federal, Eduardo Cunha (RJ), que está avalizando o nome e a indicação, mesmo sabendo que ela provoca dissabores no partido em Minas Gerais.

O atual titular da pasta, deputado federal Antônio Andrade (MG), que teria uma candidatura à reeleição tranquila, está sendo alçado à condição de candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo petista, Fernando Pimentel, que é um dos mais próximos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o PT seria essencial a presença do PMDB na chapa majoritária para tentar fazer frente ao PSDB do senador e presidenciável Aécio Neves, que está no Governo do Estado há 12 anos ininterruptos.

Toda uma engenharia política foi montada pelo Palácio do Planalto para ter o setor produtivo próximo do processo eleitoral de reelei­ção da presidente Dilma Rousseff, tanto é que a chefe do Executivo Federal fez questão de vir a Mato Grosso para lançar a colheita da safra 2013/2014. A presença de Neri Geller, considerado como neo pee­medebista, já que recentemente se filiou ao partido, depois de pertencer ao PP, no Ministério da Agricultura e Pecuária fecharia um grande acordão para que os partidos do arco de aliança que ajudaram na eleição do governador Silval Barbosa, em 2010, fosse reeditado e consolidasse as chances das siglas elegerem o sucessor que ao que tudo indica deverá ser Julier Sebastião da Silva, juiz federal que está prestes a deixar a magistratura para ingressar no mundo político-eleitoral através do PT, que nunca venceu uma eleição em Mato Grosso para o governo do Estado.

O Palácio do Planalto costura outro entendimento para que o PMDB de Minas Gerais seja contemplado evitando assim que a indicação de Neri Geller para o ministério acabe sofrendo um abalroamento político por causa da sucessão regional no segundo maior colégio eleitoral do Brasil.

Mesmo o PT sendo derrotado em 2010 para o governo do Estado, a presidente Dilma Rousseff foi eleita com mais de cinco milhões de votos e este é o principal interesse dos petistas, manter a vantagem eleitoral em um dos colégios eleitorais mais importantes para a disputa e para contrapor a força tucana.





Fonte: Só Notícias/Gazeta Digital

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