Ministro vê recuperação do tempo perdido, mas diz ser igual
Ministro chefe da secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, demonstrou mais empolgação e até certo alívio ao vistoriar as obras do aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. Ele voltou a fiscalizar o local nesta segunda (24), acompanhado de representantes do governo federal e do proprietário da Engeglobal Robério Garcia, o Berinho.
A princípio, sua feição era de preocupação, especialmente, quando observava a área de desembarque das seleções, mas, depois, na medida em que percorreu a obra, a sua fisionomia foi melhorando e Moreira Franco chegou a sorrir em determinados momentos, sendo bombardeado por informações técnicas – fornecidas por engenheiros da empreiteira - e, a todo tempo, recebendo do governador Silval Barbosa (PMDB) a garantia de que as obras vão ser executadas até o final de abril.
Com olhar atento e fazendo uma série de questionamentos, o ministro fez questão de observar os projetos. Depois, em entrevista à imprensa, ressaltou estar esperançoso. “Da primeira vez tinham poucos trabalhadores, a empresa reagiu positivamente. Saímos daqui com a convicção de que há uma real possibilidade de o aeroporto ficar pronto no prazo determinado”, frisou Moreira Franco.
Em seguida, ele reafirmou a necessidade de se manter o mesmo ritmo até o final e perseverar para que as obras fiquem prontas, afinal, é necessário ajudar “a Deus para que possamos cumprir o desafio de garantir ao passageiro as condições de preços e qualidade nos aeroportos”.
Diferentemente da última vez em que esteve no Estado e deu nota 5 para as obras, hoje Moreira Franco afirmou que Mato Grosso merece 8, mas fez questão de alertar que vai continuar fiscalizando e que em 30 dias estará de volta. “Sou devoto de São Tomé, por isso, só acredito vendo. Vou estar aqui de volta para ver se o número de empregados que estou vendo aqui é o mesmo e se as obras mantiveram o mesmo ritmo desses 30 dias”.
Silval, por sua vez, mais otimista, deu nota 10 e convidou o ministro para inaugurar a obra em 60 dias. O peemedebista fez questão de afirmar que o prazo de execução foi curto, pouco mais de 12 meses, e que tem certeza que tudo correrá bem. “Agora é forro, iluminação, esteiras, elevadores, que estão prontos”, comemorou.
Depois, reforçou que foi estabelecido um calendário para as medições, a fim de garantir o fluxo financeiro para empresa. “Esforço concentrado para que Mato Grosso não tenha problemas. O senhor (ministro) pode dizer isso a presidente Dilma Rousseff (PT) que fique tranquila”. Acontece que da outra vez em que Moreira Franco esteve na Capital, o empreiteiro Berinho reclamou que tinha recebido só R$ 32 milhões e gasto R$ 60 milhões, de um total de R$ 80,5 milhões.
Com a reforma, o terminal aumentará sua capacidade de passageiros, passando dos atuais 2,5 milhões para 5,7 milhões por ano. A obra amplia a área construída de 5.460 para 13,2 mil metros quadrados. A reforma está sob a responsabilidade do Consórcio Marechal Rondon - formado pelas empresas Engeglobal, Farol Empreendimentos e Multimetal Engenharia.
Etapas
A reforma do aeroporto está sendo executada em 3 etapas. A primeira fase englobou a construção do módulo operacional provisório (MOP), que ficou conhecido como “puxadinho” - lugar onde hoje se realiza o desembarque. A segunda parte compreendeu a construção da nova sede administrativa, demolição da antiga e das demais áreas a serem ampliadas. Já a terceira etapa contempla a ampliação do terminal de passageiros (TPS), do estacionamento, reforma do setor de embarque existente, adequação interna do sistema viário e vias de serviço, construção da área de apoio a equipamentos de rampa, da central de utilidades e subestação.
Comentários