Candidatura de Julier não é consenso Considerado prioridade no PT, juiz não recebe mesmo tratamento de legendas aliadas. Lideranças defendem que nome seja avaliado em pesquisa
O favoritismo pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva, ainda sem partido, como pré-candidato ao governo do Estado não é consenso entre as legendas da base governistas. Propagado como o único que poderia vencer o senador Pedro Taques (PDT) na disputa pela sucessão de Silval Barbosa (PMDB), o magistrado deve ter o mesmo tratamento dos demais candidatos.
O sentimento foi externado nesta segunda-feira (24), durante uma reunião ampliada com as principais lideranças governistas. No encontro, aliás, voltou-se a cogitar a chance de o senador Blairo Maggi (PR) disputar o governo.
Segundo o cacique do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra, e o vice-governador Chico Daltro (PSD) - que cobram uma postura mais firme do republicano - Maggi deve reavaliar a decisão de não disputar e anunciar sua escolha definitiva depois do Carnaval.
Presidente do PR, o deputado federal Wellington Fagundes afirmou que, para a legenda, a candidatura de Maggi seria excelente, facilitando em muito o embate eleitoral, já que ele apareceu como líder nas pesquisas já realizadas pelo Estado.
A candidatura do PT, no entanto, foi um dos temas mais abordados no evento. Bezerra defendeu que o nome de Julier passe pelo crivo da pesquisa qualitativa que deve avaliar todos os pré-candidatos do grupo. Antes disso, segundo ele, o lançamento do magistrado não passa de especulação.
Já o PSD cobra que os petistas decidam de uma vez por todas quem é o pré-candidato da legenda: Julier ou o ex-vereador Lúdio Cabral.
Lúdio, inclusive, defendeu que os partidos coloquem as pré-campanhas nas ruas. Para ele, o grupo precisa sair em caravana pelo Estado, a exemplo do que já faz a oposição. A medida, em sua avaliação, ajudaria a elaborar um programa de governo. “A oposição anda, nós também temos que andar”, enfatiza.
Ele também se diz tranquilo quanto à possibilidade de Julier se filiar à legenda. Lembra que o PT elaborou uma resolução em que seu nome aparece em igual prioridade ao do juiz quando se trata de uma candidatura ao governo do Estado.
SILVAL AO SENADO – Conforme Carlos Bezerra, ainda não há uma definição sobre a eventual candidatura do governador Silval Barbosa ao Senado. O grupo não definiu ainda sequer se o peemedebista terá seu nome incluso na pesquisa que já foi encomendada.
Até agora, a tendência, segundo o cacique, é de que o governador termine o mandato.
Esta foi a terceira reunião dos nove partidos - PMDB, PT, PR, PSD, PP, PROS, PCdoB, PSC e PRB - que apoiam o governo Silval Barbosa. Estratégias definidas devem começar a ser adotadas já nas próximas semanas.
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