Os servidores públicos que dependem do plano MT Saúde não sabem a quem recorrer porque até mesmo os atendimentos de urgência e emergência foram suspensos e a operadora de saúde que gerenciava o plano não quer renovar o contrato. No entanto, de acordo com os servidores, eles continuam pagando o plano, que já vem descontado do salário.
As consultas e exames pelo plano deixaram de ser realizados em hospitais da rede privada desde o mês passado. A partir desta quinta-feira (11), os procedimentos de urgência e emergência pelo convênio também estão suspensos. A funcionária pública estadual Simone Machado percorreu alguns hospitais e foi até a sede do MT Saúde com a filha de 11 anos, que sofreu um acidente doméstico e precisa de atendimento. "Todo mês desconta do meu salário. Se não tivesse descontado eu teria como pagar particular para ela ser atendida", reclamou.
Muitos servidores procuram o MT Saúde durante a manhã desta quinta-feira depois que não conseguiram atendimento nos hospitais. "Eu preciso urgente de uma biópsia e vim pedir a autorização e não me autorizaram", afirmou a enfermeira Solange Fernandes.
Por meio de nota, o Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde Mato Grosso (Sindessmat), que representa os hospitais particulares, informou que as unidades estão impedidas de fazer atendimentos porque não existe uma empresa que autorize. Isso porque a operadora São Franscico que gerenciou o MT Saúde nos últimos seis meses disse que não quer mais o serviço.
O contrato com o governo do estado foi encerrado e a empresa manifestou que não tem interesse nenhum em prorrogá-lo. A operadora emitiu uma nota informando que encerrou o contrato e que não será responsável pelos custos médicos gerados a partir de agora.
"O governo sugere um novo plano através de uma lei complementar que ainda não foi aprovada na Assembleia Legislativa, mas nós ainda não conhecemos os detalhes dos cálculos das tabelas que vão entrar em vigor, por exemplo, qual operadora, qual administradora, quem vai cuidar da saúde dos servidores e de que maneira vai ser feita a gestão desses recursos", disse Orlando Francisco, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (Sintep).
Uma reunião vai ser realizada nesta quinta-feira entre a Secretaria de Administração do Estado (SAD) e a empresa São Franscico para decidir se o contrato será prorrogado ou não. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a previsão é que a empresa permaneça por mais 50 dias na gestão do MT Saúde, até que seja contratada uma outra ou seja definida uma nova modalidade de gestão para o plano.
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