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Domingo - 26 de Janeiro de 2014 às 23:07

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Resgate feito em Lucas do Rio Verde, no último final de semana
Resgate feito em Lucas do Rio Verde, no último final de semana

Pelo menos oito municípios de Mato Grosso decretaram situação de emergência nos últimos dias, em decorrência das fortes e constantes chuvas que têm assolado o Estado.

Dados da Defesa Civil Estadual apontam que outras cinco cidades também terão a situação decretada dentro dos próximos dias, enquanto outros 12 municípios estão sendo monitorados por terem apresentado princípios de anormalidade.

Até esta quarta-feira (26), tiveram decretadas situações de emergência as cidades de Alto Araguaia, Terra Nova do Norte, Pontal do Araguaia, Confresa, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, Nova Mutum e nas áreas de produção agrícola do Município de Vera.

"Eles entraram na situação de anormalidade por excesso das chuvas. Estamos quantificando ainda a população afetada em cada município" Conforme o superintendente da Defesa Civil do Estado, coronel Sérgio Roberto Delamônica, será decretada a mesma situação nos municípios de Nova Maringá, Barra do Bugres, Brásnorte, Santo Antônio do Leverger e Porto Espiridião.

“Eles entraram na situação de anormalidade por excesso das chuvas. Estamos quantificando ainda a população afetada em cada município”, disse.

Ainda estão sob análise da Defesa Civil, por apresentarem princípio de anormalidade, as seguintes cidades: Juruena, Cotriguaçu, Alta Floresta, Nova Bandeirante, Juína, Colniza, Cáceres, Aripuanã, Sorriso, Ipiranga do Norte, Tapurah e Nova Ubiratã.

Consequências

Segundo Delamônica, até o momento foram registrados apenas o número de famílias afetadas em Barra do Bugres, onde cerca de 300 famílias foram retiradas de suas casas ara abrigos provisórios ou casa de parentes, e em Santo Antônio do Leverger, onde 11 comunidades foram prejudicadas pela cheia do Rio Cuiabá, que subiu acima da cota de alerta.

"Em Barra do Bugres, o Rio Paraguai está dois metros acima da cota de alerta" “Em Barra do Bugres, o Rio Paraguai está dois metros acima da cota de alerta, por isso que essas famílias precisaram ser removidas pela prefeitura local”, afirmou.

Entre os prejuízos causados pelas chuvas estão a queda de pontes em alguns municípios, prejudicando a passagem pelas rodovias estaduais e estradas vicinais, o que resulta em comunidades isoladas, prejuízo no escoamento da produção agrícola e frigorífica – devido às estradas não pavimentadas – e suspensão de aulas.

Prevenção

Delamônica explicou ao MidiaNews que há medidas preventivas e mitigadoras que podem e devem ser tomadas pelos municípios a fim de evitar grandes prejuízos devido às chuvas intensas, como a identificação prévia das áreas de risco e retirada da população desses locais, assoreamento dos rios e ações de reflorestamento.

"Você quantifica os prejuízos e o município realiza um plano de ação e pleiteia os recursos ao Governo Federal, que devem ser disponibilizados para a realização das obras necessárias" “Isso foi feito aqui, por exemplo, depois que o Rio Cuiabá transbordou em 1974 e tomou conta de toda a região do Porto. Nunca mais tivemos esse problema”, disse.

O coronel afirmou que não tem como afirmar até quando as chuvas – que este ano têm caído de forma anormal – irão durar.

“Ano passado esperamos que tudo estivesse acabado em março, mas as chuvas continuaram até junho. Então, como se trata de um fenômeno da natureza, não temos como avaliar”, afirmou.

Decreto

Segundo Delamônica, para que o município tenha decretada a situação de emergência, ele precisa atender a uma série de exigências a fim de conseguir a classificação da Defesa Civil, tais quais comprovar a existência de pelo menos dois prejuízos econômicos, materiais, sociais e ambientais.

“Tomamos muito cuidado na avaliação. Você quantifica os prejuízos e o município realiza um plano de ação e pleiteia os recursos ao Governo Federal, que devem ser disponibilizados para a realização das obras necessárias. Mas apenas se a situação for reconhecida pelo Governo Federal é que os recursos são liberados”, explicou.





Fonte: Mídia News

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