Pai que estuprou e contaminou filha é denunciado pela própria mãe
O vendedor, Marcos Cortez Franco, 39 anos, foi preso nesta quinta-feira (27) acusado de abusar da filha, do sobrinho e outras duas menores em Mato Grosso. O mandado de prisão preventiva decretado pela 1ª Vara de Violência de Doméstica, de Cuiabá, na quarta-feira (26).
De acordo com inquérito policial da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos Criança e do Adolescente (Deddica), o preso é acusado de estuprar a filha de 3 anos, que está sob a guarda da avó, mãe do suspeito. A menina contraiu doença venérea durante os abusos sofridos.
O inquérito foi instaurado no dia 7 de novembro de 2013 e enviado à Justiça no dia 10 de fevereiro deste ano, com pedido de prisão preventiva. A denúncia chegou à Delegacia, pela própria mãe do suspeito, quando soube que o neto, um menino de 10 anos, era abusado pelo tio, e depois estranhou ver o filho beijando a boca da neta de 3 anos, filha dele.
A avó, em depoimento, disse que teve certeza quando a neta reclamou de dor na vagina. A menina contou que seu pai havia “mordido” e revelou detalhes do estupro.
Conforme a avó, o primeiro neto vítima do acusado é filho de sua filha que mora em Portugal e somente tomou conhecimento que criança teria sido abusada pelo tio, depois que a criança passou a morar com a mãe, irmã do acusado, em Portugal, há oito meses. O menino revelou que foi abusado dos 2 aos 10 anos.
Em interrogatório, o suspeito negou e acusou a mãe de inventar os fatos. O preso é casado e morava na mesma casa com a mulher e a filha. A companheira achava normal a relação do marido com a filha.
Em Juara (709 km a Médio-Norte) ele também é acusado de abusar de uma adolescente, cujo processo corre em segredo de Justiça. Na cidade de Juína (735 km a Noroeste), no ano de 2012, o acusado estuprou uma adolescente que engravidou e teve um filho dele. A moça também contraiu doença venérea. A irmã da adolescente também teria sido molestada pelo acusado. Porém, o caso não chegou a ser denunciado na Polícia.
A delegada titular da Deddica, Luciani Barros, disse que é muito comum ver casos de criança vítimas de estupros, com doença venérea. “Quando uma criança está com uma doença sexualmente transmissível já é um alerta à família”, frisa a delegada “Geralmente se descobre quando a criança passa por algum exame e o médico aciona o conselho tutelar”, completa a delegada.
A própria mãe do preso, atribui a ele o nome de “Monstro” e o teria denunciando na polícia, quando soube do estupro dos netos.
O suspeito está na Polinter e será encaminhado a uma unidade prisional de Cuiabá, nesta quinta-feira (27).
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