Em menos de 60 dias 250 celulares são apreendidos na PCE; raio-x passa a funcionar

Trinta e dois anos depois de sua implantação, a Penitenciária Central de Mato Grosso (PCE) passa a contar com uma ampla aparelhagem que vai auxiliar o trabalho de fiscalização com um aparelho de raio-x (semelhante aos utilizados nos aeroportos), portal eletrônico e ainda uma raquete eletrônica para fiscalização dos visitantes. Os novos aparelhos – doados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) passam a funcionar a partir da data de hoje (28). Os telefones são verdadeiros ‘instrumentos’ usados em favor das organizações criminosas - Primeiro Comando da Capital, Comando Vermelho, que estão 'pulverizadas' no sistema prisional matogrossense. 

Com média diária de visitantes à PCE de 600 pessoas, nos últimos dois meses as ações de fiscalização resultaram nas apreensões de cerca de 250 telefones celulares na maior unidade prisional do Estado que comporta um total de 1,9 mil detentos. Em todo Estado, são 9.4 homens e mulheres confinados em 66 unidades prisionais. 

O juiz corregedor da vara de Execuções Penais  de Cuiabá, Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais, reconhece que existem graves provocadas pela falta de estrutura física e superpopulação carcerária, mas reconhece que essas situações não se restringem a Mato Grosso.

“Melhorias vem sendo feitos, tanto para garantir a segurança, quanto no sentido de garantir um tratamento mais digno, humanos aos visitantes”. O magistrado ainda sugeriu, durante ato na PCE, que todos os magistrados do Estado ao visitarem unidades prisionais deixem de adentrar o espaço usando aparelhos celulares. “Para dar o exemplo. E, tenho certeza que a Ordem dos Advogados do Brasil também será sensível a questão”. 

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antonio Possas de Carvalho, afirmou ainda que além do investimento na aparelhagem de raio x, dentro de 60 dias, saíra o resultado de um processo de licitação para a instalação de circuito fechado de televisão que abarcará todas as 66 unidades prisionais. “Vamos manter um núcleo de vigilância 24 horas”, garantiu.