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Cidades/Geral
Sábado - 01 de Março de 2014 às 07:18

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Uma vistoria técnica feita por engenheiros do Conselho Regional de Engenharia (Crea) apontou falhas graves na estrutura do prédio da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Parte da laje está comprometida com fissuras. O relatório deve ser levado à Justiça. 

O Crea atendeu a um chamado da Associação dos Procuradores do Estado, que reclama das condições de trabalho na sede da PGE. 

Conforme engenheiro Archimedes Pereira Lima, foram encontradas diversas irregularidades na estrutura. A principal delas está no segundo andar, onde a laje tem várias fissuras por onde escorre água da chuva. 

Os servidores também precisam lidar com a umidade, presente em vários lugares do prédio. Durante a inspeção foi relatado que alguns funcionários desenvolveram problemas de saúde, por conta disso. 

Segundo Archimedes, outro fato que gerou preocupação do Crea foi a instalação elétrica. Além de antiga, tendo em vista que o prédio já possui mais de 25 anos, a fiação entra em contato com água em diversas partes da estrutura. 

Para o engenheiro, o governo não cumpre a legislação federal e municipal que estabelece manutenção nos prédios para atender as normativas vigentes. 

A visita do Crea foi acompanhada de perto pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já que mais de 70 procuradores trabalham no local. 

Após a conclusão do relatório, o Conselho deve encaminhar uma cópia para a OAB e o Ministério Público, que devem buscar junto ao Judiciário uma ordem para a realização de melhorias. 

REPERCUSSÃO – Os problemas constatados pelo Crea ganharam repercussão nacional no ano passado, quando a seda PGE ficou sem energia elétrica e internet por um período. 

A reportagem do DIÁRIO esteve no prédio na ocasião e encontrou centenas de processos da dívida ativa do Estado armazenados de forma precária. 

Mais de R$ 11 bilhões em débitos de contribuintes estavam em caixas de papelão espalhadas pelo chão de uma sala tomada pela umidade e mofo. 

A promessa de reforma do prédio da PGE e de construção de um anexo vem desde 2010. O recurso para a obra chegou a ser disponibilizado, mas acabou destinado para outra finalidade pelo governo do Estado. 

A Associação dos procuradores também reclama da destinação dos recursos de um fundo abastecido com os honorários que a categoria recebe pelas causas ganhas em nome do Estado. Segundo a entidade, o dinheiro deveria ser investido em melhores condições de trabalho. 

A expectativa anunciada pelo Palácio Paiaguás agora é de que as obras na sede da PGE devam ter início ainda neste ano. Não há uma data específica para isso, no entanto. 





Fonte: Do Diário de Cuiabá

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