O consórcio Inframérica informou nesta quinta-feira (11) que vai investir R$ 750 milhões na primeira fase de reforma e ampliação do aeroporto de Brasília, arrematado pela empresa no leilão feito pelo governo em fevereiro. O valor é superior aos R$ 626 milhões para a primeira fase anunciados na assinatura do contrato com o governo em junho deste ano.
As obras da primeira fase compreendem aquelas que, por acordo com o governo, devem ficar prontas até a Copa de 2014. No caso do aeroporto de Brasília, inclui a reforma total dos dois terminais de passageiros e a construção de um terceiro, com 15 novas posições de embarque.
O consórcio também informou que vai dobrar o número de vagas em seu estacionamento, para cerca de 3 mil.
Os investimentos totais na reforma e ampliação do aeroporto vão aumentar a sua capacidade de 15 milhões para 41 milhões de passageiros ao ano até o fim da concessão.
Consórcio Inframérica apresentou o plano do aeroporto de Brasília nesta quinta-feira (11) (Foto: Divulgação)
Consórcios vencedores
O governo arrecadou R$ 24,5 bilhões com o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, realizado em fevereiro. O ágio total foi de 347% considerando o valor mínimo de R$ 5,477 bilhões exigido pelos três.
O terminal de Brasília ficou com o consórcio Inframérica Aeroportos (50% da Infravix Participações e 50% da Corporación America, da Argentina), que pagou R$ 4,501 bilhões, ágio de 673,89%. O consórcio é o mesmo responsável pela administração do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, leiloado em agosto de 2011.
O aeroporto de Guarulhos foi arrematado pelo consórcio Invepar (composto pela Invepar Investimentos e Participações e Infraestrutura, com participação de 90%, e operadora Airport Company South Africa, com 10%), por R$ 16,213 bilhões - ágio de 373,5% sobre o valor mínimo.
A concessão de Viracopos, em Campinas, ficou com o consórcio Aeroportos Brasil (45% pela Triunfo Participações e Investimentos, 45% da UTC Participações e 10% da Egis Airport Operation, da França), que ofereceu R$ 3,821 bilhões, ágio de 159,75%.
Cada um dos três aeroportos é administrado por uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelos consórcios vencedores (51%) e a Infraero, antiga operadora dos aeroportos, e que será sócia das SPE com 49% do capital. Os contratos entre o governo e os consórcios foram assinados em junho.
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