EUA querem que embalagens destaquem valor nutricional do alimento Medida foi anunciada por Michelle Obama nesta quinta-feira (27)
Os Estados Unidos vão modificar as embalagens dos alimentos para refletir melhor seu valor nutritivo e seu conteúdo calórico, uma medida apresentada nesta quinta-feira (27) pela primeira-dama Michelle Obama, como parte de sua luta contra a obesidade, que atinge mais de um terço dos americanos.
— Nossa ideia principal é muito simples: queremos que os consumidores possam entrar em um supermercado, pegar um produto da prateleira e saber se ele é bom para sua família.
A medida deve entrar em vigor em até dois anos.
— Às vezes é quase impossível obter informações elementares sobre os alimentos que compramos para nossa família", acrescentou, classificando as tabelas atuais de ilegíveis e ultrapassadas.
O novo design elaborado pela FDA afeta cerca de 700 mil produtos e representa a primeira revisão do sistema, lançado em 1994. Conterá as últimas informações científicas sobre a relação entre alimentação e doenças crônicas, como obesidade e patologias cardiovasculares.
Também haverá informações sobre o percentual de açúcar adicionado pelas empresas nos produtos, considerado excessivo. Além disso, as tabelas serão refeitas para representar melhor a quantidade de calorias consumida.
Segundo a FDA, a medida poderá custar U$ 2 bilhões (cerca de R$ 4,5 milhões) mas os benefícios para a saúde chegariam a U$ 30 bilhões (R$ 65 bilhões), graças à prevenção de doenças.
Michelle e o secretário da Agricultura, Tom Vilsack, já haviam anunciado na terça-feira (25) a intenção do governo federal de regular a publicidade de alimentos nas escolas. O projeto proibiria anúncios de produtos que não respeitarem o padrão imposto de valores nutritivos nas cantinas das escolas públicas.
Os Estados Unidos travam uma batalha contra a obesidade e a má alimentação, especialmente entre os jovens, liderada desde 2009 pela atual primeira-dama.
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