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Internacional
Domingo - 02 de Março de 2014 às 03:54

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu na última sexta-feira (28) sobre os "custos" de qualquer intervenção da Rússia na Ucrânia e disse estar profundamente preocupado com as informações de atividade militar russa no território ucraniano.

"Estamos agora profundamente preocupados com informações de movimentos militares feitos pela Federação Russa dentro da Ucrânia", disse Obama à imprensa na Casa Branca.

Washington "se coloca junto da comunidade internacional, ao afirmar que haverá custos, se houver qualquer intervenção militar na Ucrânia", declarou o presidente americano.

Obama não disse se Washington tem informações de inteligência sobre a veracidade dos relatos do presidente interino da Ucrânia, Olexandre Turchynov, segundo o qual mais de dois mil soldados russos teriam sido aerotransportados para Simferopol, capital da república autônoma da Crimeia.

Um funcionário americano da Defesa, que pediu para não ser identificado, disse à AFP que "parece que (os russos) mobilizaram centenas de soldados para lá (Crimeia)".

Esses comentários representam a primeira confirmação do governo de Obama de que os russos iniciaram uma incursão na Crimeia.

Yanukovich ainda se considera presidente da Ucrânia e pede ajuda a Moscou

Outro funcionário americano da Defesa afirmou, porém, que Washington se mantém focado na diplomacia e que não haverá sérias considerações de uma ação militar americana. O tema "se encontra no âmbito da democracia", insistiu essa fonte consultada pela AFP, também sob anonimato.

Em sua declaração à imprensa, Obama reconheceu os interesses e os laços econômicos e culturais da Rússia com a Ucrânia e lembrou da base militar russa na península da Crimeia. Ele advertiu, porém, que qualquer violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia será "profundamente desestabilizadora".

O presidente americano disse ainda que Washington segue em contato com Moscou.

Obama acrescentou que uma intervenção militar russa na Ucrânia, uma semana depois da destituição do presidente Viktor Yanukovytch pelo Parlamento, "representaria uma interferência nos assuntos que devem ser determinados pelos próprios ucranianos".

Considerando-se que "a situação continua sendo muito volátil", Obama revelou que o vice-presidente Joe Biden tinha acabado de falar com o novo primeiro- ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, para lhe assegurar que, "neste difícil momento, os Estados Unidos apoiam seus esforços e a soberania, a integridade territorial e o futuro democrático da Ucrânia".





Fonte: Do R7, com AFP

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