Publicitário faz 3ª cirurgia para voltar a andar após ser atropelado na calçada Vítima foi atropelada por carro conduzido por adolescente, em Cuiabá. Ele disse que a previsão é que volte a andar em seis meses.

Três meses após ser atropelado quando fazia caminhada pela calçada na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, o publicitário Rafael Bergmann, de 23 anos, ainda não voltou a andar. Ele se recupera da terceira cirurgia a qual foi submetido na última semana, em Cuiabá. Depois do procedimento cirúrgico, o jovem que mora sozinho na capital viajou até Vilhena (RO) para se recuperar na casa dos pais.

O carro que atropelou Rafael era conduzido por um adolescente de 14 anos, que teria saído com o carro do avó sem pedir autorização. Além dele, outras duas pessoas foram atropeladas, sendo que uma delas morreu. O garoto chegou a ser detido por conta do acidente e autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Porém, foi liberado após ficar mais de 20 dias internado no Centro Socioeducativo de Cuiabá, antigo Complexo do Pomeri.  Por decisão da Justiça, ele deverá cumprir uma pena alternativa e irá doar cestas básicas para instituições de caridade.

O publicitário contou ter feito duas cirurgias no joelho e outra no rosto. A previsão dos médicos, segundo ele, é que volte a andar em aproximadamente seis meses. "Hoje não consigo andar de jeito nenhum", disse, ao citar que, por conta do acidente, teve de adiar vários planos que tinha para 2014. Ele recebe o acompanhamento de um médico ortopedista e faz fisioterapia. Mas, por conta dessa segunda cirurgia no joelho, teve de suspender temporariamente as sessões de fisioterapia, que devem ser retomadas a daqui 30 dias.

"Tinha planejado muitas coisas para fazer neste ano, mas tive que abrir mão por causa do acidente", frisou. Ele disse, no entanto, que não sente raiva do adolescente que o atropelou, mas cobra Justiça. "É uma injustiça fazer tudo isso e continuar como se tivesse tudo bem", pontuou Rafael. Ele ainda não sabe se terá de fazer outras cirurgias para então conseguir andar.

O avô do adolescente relatou, na época do acidente, que aquela foi a primeira vez que o neto pegou o carro e saiu de casa, sem autorização. Segundo o avô, José Pinheiro Coelho Filho, o garoto pegou a chave do carro e saiu com três amigos de casa para comprar refrigerante quando atropelou as vítimas que estavam na calçada, em frente a um hotel na Avenida Miguel Sutil.

O servidor público estadual Enéas Cardoso Filho morreu no local do acidente. Com o impacto da colisão, ele foi arremessado a alguns metros de distância. A outra vítima era hóspede do hotel e quebrou a perna.