Operação da Defaz atinge lojas em MT Computadores vendidos em revenda de eletrodomésticos no Estado podem ser oriundos de uma carga de 600 roubados em Goiás e avaliados em R$ 1 milhão
Policiais da Delegacia Fazendária da Capital apreenderam 256 computadores – entre notebooks e CPUs em 23 lojas em 20 cidades do Estado de uma rede de revenda de eletrodomésticos no Estado. A apreensão ocorreu ontem, durante a Operação “QBex”. Desse total, 81 computadores estavam em quatro lojas da Grande Cuiabá. A Polícia suspeita que esses computadores sejam oriundos de uma carga roubada de 600 computadores ocorrido em dezembro em Goiás, avaliados em cerca de R$ 1 milhão.
Segundo o delegado Carlos Cunha, titular da Defaz, na loja no CPA foram apreendidos 23 notebooks e oito CPUs. Nas três lojas instaladas em Várzea Grande, os policiais apreenderam 58 equipamentos. “Estamos apreendendo os produtos nas 23 lojas da rede no Estado e também em Colíder onde existe o depósito central da empresa”, informou o delegado.
A denúncia foi repassada à Polícia Civil de Mato Grosso por meio da Diretoria de Inteligência, depois que a Polícia Civil de Goiás, prendeu uma quadrilha de roubos e descobriu que a mercadoria estaria sendo comercializada em Mato Grosso.
O delegado acrescentou que na Secretaria de Estado de Fazenda existem as notas de saída e não de entrada. “Como é possível vender um produto que não entrou na loja?”, indagou.
Conforme a Sefaz, os computadores são fabricados na China e não há numeração de série – apenas de lote. A partir daí, os policiais estão apreendendo os pertencentes ao lote l.
O delegado Roger Elisandro Jarbas, adjunto da Defaz, se deslocou para Colíder, onde está apreendendo produtos no depósito central da empresa. “Pelas informações da Sefaz, a empresa disponibilizou um estoque de 350 computadores. Não sabemos se todos foram comercializados”, explicou o titular.
As buscas são realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e nas cidades de Lucas do Rio Verde, Nova Bandeirantes, Monte Verde, Paranaíta, Marcelândia, Itaúba, Peixoto de Azevedo, Matupá, Aripuanã, Juara, Contriguaçu, Juruena, Sorriso, Sinop, Nova Canaã do Norte e Colíder, onde fica a sede do grupo.
Carlos Cunha frisou que após a apreensão, o proprietário da loja poderá ser indiciado pelo crime de receptação qualificada e também por sonegação fiscal, uma vez que não existe o pagamento de imposto dos produtos.
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