Rede hoteleira vê risco de ter "elefante branco" após Copa Estudo diz que cenário poderá resultar em hotéis vazios, guerra de preços e até fechamento
A indústria hoteleira do Brasil está preocupada com um outro tipo de "elefante branco", além dos estádios em estados onde não há tradição no futebol e que causa preocupação no legado do Mundial: o dos hotéis.
Reportagem do site UOL, nesta sexta-feira (7), diz que a própria rede hoteleira teme que a oferta cresça demais, gerando crise no mercado e quartos vazios, após o fim da competição.
O Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, que reúne 25 das maiores cadeias de hotéis que operam no país, fez um estudo sobre o assunto.
O trabalho apontou que sete das 12 cidades-sede possuem situações consideradas de alto risco, nas quais os investimentos referentes à Copa fazem com que a oferta cresça em ritmo muito maior do que a demanda.
Segundo o estudo, o cenário, depois do Mundial, poderá resultar em hotéis vazios, guerra de preços e até fechamento de estabelecimentos.
Belo Horizonte, Manaus, Brasília, Cuiabá, Porto Alegre, Recife e Salvador têm situação considerada ruim ou crítica, e podem sofrer impacto negativo em sua rede hoteleira após o torneio.
Na capital brasileira, por exemplo, taxas de ocupação poderiam cair de 64% para 44%. Em Cuiabá, de 65% para 45%.
A previsão de queda é constante para todas as cidades que preveem um crescimento da oferta muito maior do que o da demanda.
Eventos
Em entrevista ao MidiaNews, em dezembro de 2013, o empresário Luiz Carlos de Oliveira Nigro, dono da rede de hotéis Mato Grosso e presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes, avaliouque o sucesso após o término da Copa depende do empresariado
“Se não captarmos eventos para Cuiabá, o setor de hotelaria estará perdido”, disse o empresário, na ocasião.
Apesar de ter a consciência de que nem todas as obras vão ficar prontas até junho, quando o Mundial de futebol terá início, Nigro disse que a situação é um "caminho sem volta.
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