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Nacional
Quinta - 13 de Março de 2014 às 13:35

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A Justiça Militar do Rio Grande do Sul inocentou quatro bombeiros acusados de fraude na liberação de documentos da boate Kiss, na qual 242 pessoas morreram queimadas. Eles foram inocentados em um processo administrativo, mas ainda serão julgados na esfera criminal.

Os bombeiros Marcos Vinícius Lopes Bastide, Gilson Martins Dias, Vagner Guimarães Coelho e Renan Severo Berleze são acusados pelo Ministério Público de não exigir a instalação de equipamentos em uma das inspeções feita na casa noturna. Para a Justiça Militar, esses bombeiros agiram de acordo com a legislação.

O julgamento de todos os réus acusados pelo crime na Justiça comum ainda não tem prazo para acontecer. 

Nova perícia

Na última terça-feira (11), técnicos do Instituto Geral de Perícias realizaram uma nova perícia na boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde um incêndio deixou 242 pessoas mortas. Os donos do local pediram o recolhimento de novas provas porque a Justiça determinou a limpeza da boate, o que poderia prejudicar o trabalho da defesa. A Justiça aceitou o pedido e os técnicos recolheram amostras do forro de gesso e tiraram novas fotos. Houve confusão porque pais e familiares de vítimas queriam acompanhar o procedimento, mas foram impedidos.

A tragédia completou um ano no dia 27 de janeiro. O incêndio resultou em três processos na esfera criminal, um na Justiça Militar, envolvendo oito bombeiros e uma ação por improbidade administrativa contra quatro bombeiros. O principal processo criminal trata dos homicídios e são acusadas quatro pessoas: os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, que acendeu o artefato pirotécnico; e o produtor do grupo musical, Luciano Augusto Bonilha Leão, que comprou os fogos. Todos respondem em liberdade.

O incêndio começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna. As chamas se espalharam em poucos minutos.

A casa noturna estava cheia na hora em que o fogo começou, com cerca de 1.000 pessoas. O incêndio provocou pânico e muitas vítimas não conseguiram usar a saída de emergência. Os donos não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da boate estava vencido desde agosto de 2012, afirmou o Corpo de Bombeiros.





Fonte: Do R7

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