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Sexta - 14 de Março de 2014 às 13:51

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A ex-servidora municipal Alessandra Mattos Savi, filha da presidente da Câmara de Sorriso, vereadora Marilda Savi (PSD), é uma das pessoas investigadas em um suposto esquema de falsificação de assinatura do secretário municipal de Saúde, Marciano José Cé, para autorizar a liberação de uma cirurgia de lipoaspiração em uma clínica da cidade. Ela também é sobrinha do deputado estadual Mauro Savi (PR).

O procedimento cirúrgico foi realizado em 2 de dezembro, do ano passado, com recursos públicos repassados por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Telespires. O valor total da plástica é de quase R$ 10 mil.

Segundo uma nota oficial divulgada pela secretaria de Saúde e Saneamento de Sorriso, a beneficiada pela lipoaspiração foi uma munícipe do distrito de Boa Esperança. A prefeitura se antecipou e informou que não há qualquer vínculo entre ela e o município e que manterá sua identidade sob sigilo para que as investigações não sejam prejudicadas. O prefeito Dilceu Rossato (PR), no entanto, confirma o suposto envolvimento da ex-servidora no caso. “Ela foi demitida. Todas as que estão envolvidas foram demitidas”.

Rossato ainda destaca que aguarda o término das investigações feitas pela Polícia Civil, sob responsabilidade do delegado Valter Melo, e no Ministério Público, para tomar providências sobre o ressarcimento do dinheiro.

A denúncia sobre a falsificação partiu do próprio secretário de saúde, que registrou um boletim de ocorrência. Segundo Marciano, a diferença entre os valores normalmente pagos por estes meios e o da lipoaspiração era evidente. “Vi que estava fora dos valores do SUS e percebi que a assinatura não era minha”. As investigações chegaram até os envolvidos após o depoimento da beneficiada. “Ela informou quem a atendeu para viabilizar a liberação da cirurgia”, explica o secretário. Após uma sindicância interna realizada na prefeitura, três pessoas foram demitidas, entre elas Alessandra.

A Polícia Civil informa, por meio da assessoria de imprensa, que a investigação busca apurar crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e de corrupção ativa e passiva,  uma vez que, segundo informações não oficiais, os servidores envolvidos teriam recebido propina para viabilizar a fraude. Embora tenha preferido não se pronunciar sobre o assunto, o delegado Valter Melo expõe que o próximo passo será a realização de uma perícia grafotécnica por parte de Politec, a fim de comparar a grafia que consta no documento com a dos suspeitos.





Fonte: RD News

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