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Segunda - 17 de Março de 2014 às 20:53

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A sede da Empresa Juruena S.A, em Cuiabá, foi um dos alvos da Operação Lava Jato, desencadeada pela Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira (17), para desarticular organizações criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro. 

A Juruena Participações e Investimentos S.A. é uma holding de cinco empresas produtoras independentes de eletricidade. O escritório da empresa, vasculhado pela PF, fica no edifício The Centrus Tower, na Avenida Miguel Sutil.

Com exclusividade, RepórterMT esteve no local enquanto a Polícia Federal recolhia documentos e equipamentos da empresa.

O RepórterMT apurou que a empresa é formada por uma sociedade anônima,que faria parte da Juruena está a Métrica Construções, responsável por duas obras preparatórias para a Copa em Cuiabá, que são as trincheiras da Ciríaco Cândia, que apresenta sérios problemas de infiltração, e do Santa Isabel/Verdão, que está sendo construída na Avenida Miguel Sutil.

Entre os membros do Conselho Administrativo está um dos sócios proprietários da Construtora Três Irmãos, que possuí diversos contratos com o Governo do Estado, inclusive de obras da Copa e pavimentação de estradas. A informação está disposta na página virtual da empresa, que apresenta como diretor geral o engenheiro civil Francisco Carlos Coutinho Pitella.

A participação da Métrica foi confirmada pelo próprio advogado da Juruena, Antônio Carlos Tavares de Mello. "A Métrica faz parte sim, mas só tem com o Estado essas duas obras das trincheiras. O foco é a iniciativa privada", afirmou.

Outro lado

O advogado da empresa, afirmou à reportagem que não sabe ao certo quais são os indícios de lavagem de dinheiro que envolveriam a construtora, que segundo ele é especializada em trabalhar a base para a construção de usinas.

“Estamos surpresos. Acreditamos que seja um equívoco porque a própria lista apresentada para apreensão contém bens que não fazem parte da empresa, como carros de luxo, entre eles um porche.

A empresa trabalha com grandes obras civis, voltadas para a geração de energia. Trabalha a engenharia de base para construção de usinas, como terraplanagem e perfuração”, frisou.

Questionado sobre a participação da empresa em obras públicas, o advogado afirmou que essas teriam uma porcentagem muito pequena na atuação da empresa e que está aberta às investigações.

“A empresa atende mais obras privadas, o que tem de obra pública é muito pouco. A empresa não tem nada a esconder, por isso, estamos deixando levarem tudo”, declarou o advogado.

O advogado lembrou que há em Cuiabá uma outra empresa com o mesmo nome, mas que atua como construtora e isso causa muita confusão.

Juruena Holding

O site da empresa informa que ela foi criada no ano de 2005, com o objetivo de implantar e explorar potenciais hidrelétricos do Rio Juruena, no estado do Mato Grosso.

Cada um dos potenciais recebeu do Governo Federal, por meio da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), autorização para a construção e exploração, pelo prazo de 30 anos, de uma PCH (Pequena Central Hidrelética). Os cinco projetos localizam-se nos municípios de Campos de Júlio e Sapezal - distante 460 quilômetros a norte de Cuiabá.

A Operação Lava Jato, que ocorre em Mato Grosso e outros seis estados da Federação, foi desencadeada pela Polícia Federal do Paraná, autorizada pela Justiça Federal daquele Estado. 

O grupo investigado além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas, desvios de recursos públicos, dentre outros.





Fonte: DO REPÓRTER MT

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