Marginais deixam população alarmada Moradores e comerciantes do Duque de Caxias, em Cuiabá, estão apavorados com constantes roubos e furtos praticados no bairro
Proprietários e funcionários de comércio ou lojas localizados no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, estão apavorados com o ataque de marginais. Diante dos constantes roubos e furtos, eles estão com medo e inseguros. Alguns já nem fazem mais questão de registrar boletim de ocorrência.
Dona da Casa Lotérica Globo, Vera Lúcia Coutinho, conta que o estabelecimento já foi alvo dos bandidos quatro vezes, em um período de um ano. O mais recente ocorreu na noite do último sábado (15), quando ladrões arrombaram dois cadeados que ficavam na grade. Após, retiraram o miolo da fechadura da porta da entrada, conseguindo com isto adentrar o estabelecimento.
O trabalho dos bandidos não parou por aí. No interior da casa, eles tiveram ainda que arrebentar uma porta blindada e arrombar três cofres para conseguir pegar o dinheiro. “Ainda tive que pegar esses cofres e jogar lixo”, lamenta Vera Lúcia que preferiu não divulgar a quantia levada pelos arrombadores por acredita que pode chamar mais a atenção dos bandidos.
No início desta semana, os donos chegam a colocar um cartaz em que cobravam mais segurança. Porém, para não expor ainda mais o estabelecimento, o panfleto foi retirado.
Dizendo desprotegida, a empresária não descarta que em pelo menos duas das ações se tratavam dos mesmos ladrões. “Há um mês, os bandidos chegaram por volta das 13 horas e ainda fizeram um cliente como refém. Acredito que são os mesmo que voltaram”, comentou mostrando a marca de um tiro em dos vidros blindados de um dos guichês.
Para Vera Lúcia, a obra da trincheira Santa Rosa está facilitando a ação dos marginais. “Os tapumes ajudam os ladrões a se esconderem e deixam a rua mais isolada, sem segurança”, acredita Vera Lucia, que teve também que mudar o local de funcionamento da casa lotérica por conta dos trabalhos de construção da trincheira. “No outro local, trabalhei 12 anos sem nenhum assalto”, completou.
Dono de outro estabelecimento comercial na região, R.F.T., de 36 anos, também já teve que arcar com três furtos. Segundo R.F, a última vez aconteceu há dois meses. “Eles subiram uma grade e arrombaram o telhado e o forro. Infelizmente, conseguiram fugir levando óculos e bolsas”, comentou.
Em nenhum dos casos, os produtos foram recuperados. “A gente se sente desprotegido e fica uma sensação de impunidade”, contou R.F. informando que, no último caso, não registrou boletim de ocorrência. “A gente ficar desacreditado das coisas”, justificou.
A reportagem do Diário tentou falar com a Polícia Militar sobre o assunto, mas não obteve êxito.
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