Base governista quer lançar 2 chapões à AL

Surge de forma embrionária na base governista, composta por 8 partidos (PR, PMDB, PT, PSD, PC do B, Pros, PSC e PRB), a discussão acerca de divisão em duas chapas proporcionais. Uma só com os partidos que já possuem deputados e que vão à reeleição. A outra teria as demais legendas que não possuem representatividade na Assembleia.

Alguns dos articuladores do chamado blocão acreditam que, com essa divisão, haverá maior chance de ampliar números de eleitos. A tríplice-aliança PT-PMDB-PR, por exemplo, acredita que conquiste até 18 das 24 cadeiras que vão estão em jogo, assegurando e expandindo a força que já possuem no Legislativo. A meta é audaciosa, já que a ampliação pretendida representa 50% a mais da composição de hoje do grupo.

Os que já são deputados concorrem às eleições de outubro em situação de vantagem em relação aos sem mandato e isso é ruim para a união do grupo. Entre os que defenderam essa tese de agrupamento estão o deputado federal Valtenir Pereira, presidente em Mato Grosso do recém-criado Pros. No pleito de 2010, a base do governo também se dividiu em 3 coligações, mas a sistemática foi outra. Uma foi formada pelo PT, PMDB e PR, outra pelo PP, e um outro grupo com os nanicos PTN, PRB, PSC, PHS, PTC, PC do B e PRP.

Na época, PR, PMDB e PT asseguraram cadeiras para Sérgio Ricardo, hoje conselheiro do TCE, Sebastião Rezende, Jota Barreto, Mauro Savi, Wagner Ramos e João Malheiros, Romoaldo Júnior, Baiano Filho, Teté Bezerra, Walace Guimarães, hoje prefeito de Várzea Grande, Nilson Santos, que comanda Colíder; e Ademir Brunetto. No lugar de Sérgio, Walace e Nilson, que renunciaram, assumiram Nininho Bortolini (PR), Emanuel Pinheiro (PR) e Alexandre Cesar (PT). Destes, só Alexandre não vai à reeleição.

Já pela chapa pura do PP conseguiram mandatos Ezequiel Fonseca, José Riva, Airton Português, Walter Rabello e Antônio Azambuja. Depois, com a criação do PSD, migraram para a nova legenda Riva, Rabello e Português. O PP ainda não decidiu se caminha com a ala governista. E o PSD planeja disputar com chapa pura.