"Quem falsificou a ata é que foi desonesto", diz Fiúza O suplente Paulo Fiúza garante que ajudou na eleição de Pedro Taques em 2010
O 2º suplente do senador Pedro Taques (PDT), o empresário Paulo Fiúza (SDD), rebateu o prefeito de Rondonópolis e presidente do PPS, Percival Muniz (PPS), que o acusou de ser "oportunista e desonesto" por entrar com ação para inverter a ordem de suplência.
Percival, que é aliado do 1º suplente, José Antônio de Medeiros (PPS), reconheceu que o acordo foi para que Fiúza assumisse a 1ª suplência, porém, condenou o processo movido por ele na Justiça Eleitoral.
“Não posso aceitar que ele me chame de desonesto. Quem falsificou a ata e favoreceu outro, e não a mim, é que foi desonesto. Porque nessa história eu só fui prejudicado, enquanto o Medeiros acabou ficando como 1º suplente”, disse Fiúza ao MidiaNews.
"Quem falsificou a ata e favoreceu outro e não a mim é que foi desonesto. Porque nessa história eu só fui prejudicado, enquanto o Medeiros acabou ficando como 1º suplente"
“Se o Percival reconhece o acordo para que eu fosse o 1º suplente, e não havia nada errado, por que Percival e Medeiros não queria assinar o pedido para que a Justiça Eleitoral trocasse a ordem? Tentamos fazer isso no dia 25 de outubro, mas eles só concordaram em assinar no dia 3 de dezembro, e sob protesto. O Medeiros ainda saiu da reunião dizendo que tinha sido ameaçado. Quem é o desonesto? A Justiça vai dizer”, completou.
Ele também negou oportunismo e afirmou que sua ação está pronta desde 2010, e que só não protocolou na época a pedido de Taques e então candidato a governador Mauro Mendes (PSB), que hoje é prefeito da Capital.
Porém, depois de esperar três anos, ele disse que “cansou”, e resolveu entrar com a ação declaratória de nulidade de ata de convenção partidária e de registro de candidatura contra Medeiros e o representante da coligação, José Carlos Dorte.
Empenho na campanha
O empresário ainda rebateu as acusações e Percival de que, por não acreditar na candidatura de Taques, ele não teria “movido uma palha” para colaborar na campanha, de modo que o senador terminou em 5º lugar em Sinop, onde Fiúza mora. Por outro lado, ele foi o mais votado em Rondonópolis, onde Percival e Medeiros detêm base eleitoral.
“Essa é outra grande mentira, porque eu coordenei a campanha do Mauro Mendes e do Pedro Taques nas regiões Norte e Médio-Norte. Eu montei toda a estrutura de campanha e acompanhei os dois por toda a região. Ele não pode considerar somente os votos de Sinop, até porque havia um candidato a senador do município, o Jorge Yanai (DEM)”, disse.
Outro processo
Também tramita na Justiça Eleitoral uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) movida pelo adversário derrotado por Taques naquela eleição, Carlos Abicalil (PT). Na última segunda-feira (17), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que os representantes da coligação entreguem a ata original para passar por perícia grafotécnica.
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