Agência de risco Standard & Poor's rebaixa nota do Brasil Nota de crédito da dívida foi revisada de 'BBB' para 'BBB-. Apesar do rebaixamento, Brasil ainda mantém 'grau de investimento'.
A agência Standard & Poor's rebaixou nesta segunda-feira (24) a nota de crédito soberano do Brasil em um nível, de 'BBB' para 'BBB-', mas ainda dentro da faixa de grau de investimento. A S&P também mudou a perspectiva do rating de negativa para estável.
A Standard & Poor's justificou sua decisão pelos sinais pouco claros da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um frágil quadro fiscal, assim como pela desaceleração do crescimento do país. A agência considera que o país ainda é considerado seguro para investir, mas que altos gastos do governo e baixo crescimento levam a um aumento de risco.
Em comunicado, a S&P disse que o rebaixamento do rating reflete a combinação de "derrapagem orçamentária" em meio as perspectivas de "crescimento moderado nos próximos anos" e de baixo volume de investimentos.
O rebaixamento da nota do Brasil já era esperado por parte do mercado e acontece duas semanas após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter recebido a visita de uma representação da agência de classificação, que veio ao país colher dados sobre a situação econômica brasileira e contas do governo
A nota do Brasil na classificação feita pela S&P estava em BBB desde novembro de 2011. No ano passado, o país passou a ser indicado pela agência com perspectiva negativa.
A S&P é a primeira das agências de classificação de risco a rebaixar a nota do Brasil para o primeiro degrau do grau de investimento. Pela Moody´s e Fitch, o rating do Brasil permanece no segundo degrau desde 2011.
Quanto maior o rating de um país, melhor ele é sob o ponto de vista de atração de investimentos. A nova nota representa o primeiro degrau na escala considerada "grau de investimento", dada a países avaliados como investimento seguro pelas agências.
No mercado financeiro, o rating de um país funciona como um "certificado de segurança" que as agências de classificação dão a países que elas consideram que são bom pagadores de seus compromissos.
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