Carências de centro-africanos agravam após 100 dias de emergência
O representante especial do Secretário-Geral na República Centro-Africana, Babacar Gaye, lamentou a deterioração da situação de segurança e social do país.
Nesta quarta-feira, o enviado apelou aos grupos armados em Bangui, especialmente aos anti-Balaka de maioria cristã, para o fim imediato da violência contra a população. Desde dezembro, os confrontos também envolveram as antigas forças Seleka, compostas por muçulmanos.
Diálogo
Gaye pediu aos grupos armados que iniciem o diálogo com as autoridades do país para devolver a paz aos centro-africanos.
Estima-se que mais de 700 mil deslocados ainda não podem voltar para as suas casas, devido à ameaça de atrocidades cometidas pelos autores da violência intercomunitária e inter-religiosa.
Emergência
O chefe do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários no país, Abdou Dieng, disse que a situação de emergência ultrapassa a marca de três meses com um cenário de agravamento.
O representante disse que, em dezembro, foi lançado um plano de 100 dias, que era a primeira fase do foco na assistência humanitária.
No balanço do período, a conclusão é que as necessidades são ainda extremas ou maiores do que no princípio da crise.
Cenário Complicado
A constatação levou à extensão do período de emergência para mais seis meses, tendo em conta o que o responsável considera cenário complicado nos próximos meses.
A atualização da situação na República Centro-Africana foi feita numa conferência de imprensa realizada na sede do Escritório Integrado da ONU no país, Binuca.
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