Após queimar vivo andarilho, adolescentes mudam versão e argumentam que só desejavam "assustar" vítima
Os quatro adolescentes – três garotos e uma jovem - que confessaram o assassinato do andarilho Firmino Escobar da Silva, 44 anos, na madrugada do último sábado (22), prestaram depoimento ao promotor Milton Melquiadez, da Vara da Infância e Juventude. O andarilho dormia em frente a uma igreja, na cidade de Tangará da Serra, quando foi espancado e na sequência teve seu corpo incendiado. A vítima morreu horas depois em consequência de queimaduras de 4º grau em 45% do corpo.
Para a promotoria, ao contrário das declarações iniciais prestadas à Polícia Civil, eles demonstraram arrependimento e declararam que não pretendiam matar o morador de rua e, sim, apenas assustá-lo.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Nubya Beatriz dos Reis, na data da detenção, ao serem questionados sobre a motivação do ato, se limitaram a responder que “era porque deu vontade de matar”.
Os quatro ainda permanecem na delegacia no aguardo de transferência para uma unidade prisional. A assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso informou que existem vagas no Centro Socioeducativo de Cuiabá para a transferência dos jovens e que desde o final de semana, uma comissão de direitos humanos vem acompanhando o caso.
O Crime – Inicialmente cinco menores, com idade entre 15 e 17 anos, foram detidos, mas uma garota não teve participação no ato criminoso e acabou liberado. Em depoimento, eles contara que viram o homem dormindo e, inicialmente começaram a bater nele. Dos cinco menores, três decidiram comprar álcool em um posto de combustível para atear fogo em Firmino. Uma das meninas comprou o produto e o trouxe em uma garrafa pet. Em seguida, ela atirou o álcool contra vítima ferida pelas agressões, outro infrator ateou fogo enquanto o terceiro adolescente assistia.
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