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Economia
Quinta - 27 de Março de 2014 às 13:35
Por: Alexandro Martello

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A economia do Brasil deve crescer 2% este ano, segundo estimativa do Banco Central (BC). A previsão está no relatório de inflação do primeiro trimestre, publicado nesta quinta-feira (27). Esta foi a primeira vez que o BC fez uma previsão de crescimento econômico para todo o ano.

O número divulgado pela autoridade monetária está um pouco acima do que estima o mercado financeiro, cuja expectativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB), feita na semana passada, é de 1,7% para 2014. O valor, porém, está abaixo da estimativa feita pelo Ministério da Fazenda e presente no Orçamento deste ano, de alta de 2,5% do PIB.

Resultado de 2013

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, no fim de fevereiro, que o PIB de 2013 avançou 2,3%. Com isso, houve aceleração de 1% frente ao resultado de 2012. A alta sofreu forte influência do desempenho da agropecuária, que teve expansão de 7% – a maior desde 1996.

Entre uma lista de países selecionados e apresentados pelo IBGE, o crescimento da economia brasileira em 2013 aparece como o terceiro maior, atrás apenas da expansão de 7,7% da China e de 2,8% da Coreia do Sul.

Segundo avaliou no fim de fevereiro o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ano de 2013 foi "difícil" para a economia mundial, incluindo o Brasil, por conta do baixo nível de atividade e da retirada de estímulos nos Estados Unidos. Apesar disso, o crescimento tende a ser "um pouco maior" no país este ano.

Projeção por setor

O Banco Central previu uma expansão de 3,5% para a produção agropecuária em 2014, contra 7% de alta observada em 2013. Já a projeção de crescimento para a indústria é de 1,5% neste ano, em comparação com a alta de 1,3% registrada em 2013.

"Nesse contexto, destacam-se a reversão de -2,8% para 4% do desempenho da indústria extrativa mineral e o crescimento de 0,5% da indústria de transformação. Para as atividades de construção e produção e distribuição de eletricidade, gás e água, estimam-se crescimentos respectivos de 1,1% e 3,7% no período", acrescentou a autoridade monetária.

Já pelo lado da demanda, o BC projetou um crescimento de 2% para o consumo das famílias este ano (contra 2,3% registrados em 2013), "amparado no cenário de manutenção das baixas taxas de desemprego e de ganhos reais de salários moderados".

Segundo as estimativas do BC, o consumo do governo, por sua vez, deverá subir 2,1% em 2014, e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – ou seja, os investimentos do país – deverão ter alta de 1% este ano, contra 6,3% em 2013.

"Cabe notar que a perspectiva de desaceleração na FBCF em 2014 reflete, em parte, o carregamento estatístico do último trimestre de 2013", informou o BC.

Segundo as projeções da instituição financeira, as exportações e as importações de bens e serviços devem crescer este ano 1,3% e 0,9%, respectivamente, ante elevações de 2,5% e 8,4%, respectivamente, observadas em 2013.

"As exportações devem se beneficiar do cenário de maior crescimento global e da depreciação do real, a qual também deve contribuir para o arrefecimento [esfriamento] das importações", acrescentou o BC.

Nesse cenário, finaliza a autoridade monetária, o aumento de 2% do PIB projetado para 2014 "estará condicionado à contribuição de 2 pontos percentuais da demanda interna e ao impacto nulo, portanto, do setor externo".





Fonte: Do G1

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