COMDEC irá a Brasília discutir situação da Defesa Civil em Tangará
No final do ano de 2013 foi aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores o Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal para criação da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil em Tangará da Serra (Comdec). No início do ano o Prefeito Fábio Junqueira nomeou os membros da coordenadoria. O primeiro desafio da Comdec a partir de então foi organizar a 1ª Conferência Municipal de Proteção e Defesa Civil em fevereiro deste ano.
Na ocasião foram debatidos quatro eixos, entre eles: Gestão integrada de riscos e respostas a desastres; Integração de Políticas Públicas relacionadas à proteção e Defesa Civil; Mobilização e promoção de uma cultura de proteção e Defesa Civil na busca de cidades resilientes; e Gestão de conhecimento em proteção e Defesa Civil, assim como palestras com autoridades estaduais. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Ander Santos, após a realização da conferência foram nomeados os delegados [pode público, conselhos e sociedade civil] que participariam da etapa estadual. “Agora iremos a Brasília no final do ano para discutir a situação da Defesa Civil em Tangará”, disse.
A ausência de uma Defesa Civil em Tangará conforme o secretário prejudicava o município, tendo em vista que diante de um sinistro o cidadão ficava sem saber ao certo a quem procurar. Ele explica que a Defesa Civil não dispõe de recursos diretos, não tem essa função. Mas é a coordenadoria que organiza os trabalhos durante o sinistro e mais do que isso, consegue preveni-los. “Como já conhecemos o histórico de Tangará, no caso de enchentes, por exemplo, temos como minimizar, mapear os locais e antecipar os fatos”, disse Santos ressaltando que há toda uma organização nesse sentido com o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Cemat, SAMU, Secretaria de Agricultura, Samae e sociedade civil. “Levando em consideração que a Defesa Civil é muito mais voluntariado do que institucional, porque no momento do sinistro toda ação é bem vida”, fala.
O primeiro acontecimento da Defesa Civil em Tangará da Serra relatou o secretário, foi o Decreto de Situação de Emergência solicitado pela Aprosoja. Vale ressaltar de acordo com ele que ele não atendeu apenas a Associação. “Na quinta-feira estávamos em Brasília com o Ministro da Integração Nacional, juntamente com 42 prefeitos de Mato Grosso em uma audiência organizada pelo deputado Valtenir Pereira”, comentou o secretário explicando que na oportunidade foi discutido sobre a forma que a Defesa Civil Federal pode ajudar na situação das estradas e com as perdas em Tangará. “O prejuízo com a safra já ultrapassa R$ 1 milhão, sem contar na questão dos avicultores, produtores de leite e de hortifrúti granjeiros, que estão em regiões isoladas”, salientou.
Dos 41 municípios que decretaram situação de emergência, apenas 28 estão aptos por terem a Defesa Civil. “Se não há Defesa, quem decreta a situação é o Estado”, diz. Por isso que o Município precisa realmente fundamentar a Defesa Civil que é de direito, já existe, porém necessita ser incrementada. “Nesta semana faremos uma reunião para discutir as ações e afinarmos os relacionamentos. A Defesa Civil está locada à Secretaria de Meio Ambiente, mas responde direto pelo gabinete do prefeito”, concluiu.
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