Esquartejador de Higienópolis: pai procura filho desaparecido
A polícia já fez o retrato falado do homem suspeito de deixar sacos plásticos com partes de um corpo espalhadas em Higienópolis, bairro nobre da região central de São Paulo. Um homem foi até a delegacia para informar que o filho desapareceu. Ele seria parecido com a vítima encontrada em Higienópolis, com tatuagens nas costas e peito.
O retrato falado foi feito a partir das imagens do suspeito que os investigadores conseguiram de câmeras da polícia, comércio e prédios da região onde o corpo foi encontrado. Uma das imagens, a mais nítida, foi entregue à polícia por uma produtora da TV Record.
O suspeito usa brinco na orelha direita, é branco, tem cabelos castanho-escuro bem curtos. Ele é um homem jovem, com mais ou menos 1,70m de altura.
Os pedaços do corpo que estavam dentro dos sacos de lixo encontrados em Higienópolis foram enrolados com roupas, todas elas femininas. Havia uma camisola vermelha, tamanho grande, um vestido e uma bata feminina. No saco, também foram colocados pedaços de estoja, para que o sangue não escorresse.
Jovem desaparecido
Pela primeira vez, desde o corpo foi descoberto, uma pessoa registrou um boletim de ocorrência de um parente desaparecido. Um homem, que mora em São Vicente, no litoral paulista, foi até a delegacia que investiga o caso. Ele disse que as características do corpo encontrado em Higienópolis são parecidas com as do filho, que tem tatuagens nas costas e peito.
O crime
Por volta das 9h deste domingo (23), um morador de rua, que vasculhava o lixo na esquina das ruas Sergipe e Sabará, encontrou as primeiras partes do corpo. Duas pernas, cortadas abaixo do joelho, e dois braços estavam dentro de um saco preto de lixo. As pontas dos dedos das mãos foram cortadas, segundo a polícia, a fim de dificultar a identificação digital. O morador chamou um comerciante local, que pediu ajuda para policiais militares que faziam uma ronda na área.
O tronco, que estava envolto em um vestido vermelho, foi encontrado por volta das 12h30, também em sacos de lixo, dentro de um "carrinho de feira" entre as ruas Mato Grosso e José Eusébio, junto ao Cemitério da Consolação. A pele havia sido retirada. Dentro do saco, havia um par de sapatos masculinos.
Pouco depois, na rua da Consolação, também próximo ao cemitério, foi localizado o terceiro saco de lixo. Dentro dele, estavam as coxas envoltas em plástico, amarradas com durex e fita crepe. Nos três sacos, havia pelos e cabelos, que foram encaminhados ao Instituto de Criminalística. A cabeça não foi encontrada.
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