Disputado pelo PSDB e PTB, o PT decidiu apoiar a candidatura de reeleição de Elmano Férrer, do PTB, em Teresina (PI). Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, o candidato da legenda derrotado no 1º turno, senador Wellington Dias (PT) anunciou a decisão aos militantes na presença do prefeito que compareceu a coletiva.
Segundo o senador, o PTB aceitou a exigência de incluir compromissos defendidos pelos petistas no plano de governo do prefeito. Entre as reivindicações está a descentralização da capital em 23 regiões, regularização fundiária, reforçar o orçamento popular, além da criação da secretaria de Políticas para as Mulheres.
Terceiro colocado com 59 mil votos válidos, equivalente a 14% do eleitorado, Wellington Dias garantiu que o prefeito passa a liderar o conjunto de partidos que dão base de apoio tanto à Prefeitura como ao Governo do Estado. "Solicitamos que faça esse comando de forma firme e ele assumiu esse compromisso".
Para o petista, a entrada de seu partido com chapa própria foi decisiva para forçar o 2º turno com o deputado estadual Firmino Filho (PSDB). "A nossa entrada, de cara, caracterizou o 2º turno", afirmou o candidato, destacando a união dos petistas na campanha.
Dias parabenizou Firmino e Elmano e disse que pesou na decisão do PT o alinhamento da base e os programas de governo.
Wellington Dias destacou que a campanha teve momentos de tensão, mas serviu para ele aprofundar sua visão sobre os problemas da cidade. O petista afirmou ter visitado mais de 260 povoados, vilas e assentamentos em 800 quilômetros de caminhada. O candidato disse que Teresina tem pelo menos 150 locais em situação de vida pior do que cidades do interior do Piauí. Para ele, algumas cenas chocaram. E citou como exemplo a visita na Vila do Sapo, perto da ponte Wall Ferraz, na companhia do senador José Pimentel (PT-CE). Segundo Dias, uma senhora de 65 anos o convidou para visitar sua casa. Lá, ela revelou que a filha vendia o corpo dentro do próprio imóvel para poder sobreviver, e pediu socorro.
Por volta de 18h, Férrer chegou ao PT para confirmar a adesão do partido a sua coligação no 2º turno. Ele disse que bandeiras petistas defendidas na campanha serão honradas e são semelhantes com as defendidas pelo PTB. Ele citou como exemplo a regularização fundiária, que ganhou uma secretaria com uma petista na coordenação dos trabalhos.
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