Túlio presta depoimento, tem arma apreendida, mas paga fiança e é solto
O ex-prefeito de Cáceres Túlio Fontes (PSB) afirma, em depoimento que durou duas horas a agentes federais, que não se eximirá da responsabilidade acerca da possível fraude em três programas do governo federal, ocorridos em sua gestão, e desmantelada pela Polícia Federal, na Operação Fidare, realizada nesta terça (1° de abril). Quem garante é o advogado do socialista, José Renato, ao confirmar que era Túlio quem nomeava os secretários. Em contrapartida, o advogado ressalta que o ex-prefeito não sabia das irregularidades e, por isso, acreditava que tudo era feito dentro da lei.
Renato confirma ainda que, pela manhã, foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência e no escritório de Túlio. Na ocasião foi encontrada uma arma de fogo com o registro vencido. O socialista foi autuado, pagou fiança e foi liberado. A Polícia Federal, por sua vez, apreendeu também um celular, notebook e um cofre. Este, logo em seguida, foi devolvido após não constatar nada de irregular. As investigações seguem em segredo de Justiça.
O advogado explica que não teve acesso aos documentos da Operação Fidare. A Polícia apura desvio de recursos da União por meio de fraudes na compra de medicamentos. As investigações analisam possíveis fraudes ocorridas nos últimos dois anos. Em coletiva, os delegados Adriano Rodrigues Junqueira e Leonardo de Souza Caetano Machado, responsáveis pela operação, adiantaram que todos os envolvidos não poderão mais atuar na gestão pública.
Conforme as investigações, o grupo desviava recursos dos programas: Assistência Farmacêutica, de Saúde da Família e Piso de Atenção Básica à Saúde, que são destinados à aquisição de medicamentos. Quinze empresas participavam do esquema, que teria causado prejuízo de R$ 2,5 milhões.
O ex-secretário municipal de Saúde Luiz Landim, que comandava a pasta na gestão passada, teve a prisão preventiva decretada por suposta participação no esquema, assim como diversos servidores e até o secretário municipal de Finanças, Odiner Gonçalves de Sá. Ao todo, foram expedidos 113 mandados judiciais, sendo 30 de prisão preventiva, 17 de prisão temporária, 13 de conduções coercitivas e 53 de busca e apreensão.
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