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Economia
Quinta - 03 de Abril de 2014 às 01:26

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O Copom (Comitê de Política Econômica) do BC (Banco Central) subiu pela nona vez seguida a taxa básica de juros nesta quarta-feira (2). Assim, a Selic chegou a 11% ao ano, o mesmo patamar de novembro de 2011.

O professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian espera que o ciclo de alta continue neste ano, já que “a inflação do primeiro trimestre de 2014 medida pelo IPCA-15 apontou uma variação acumulada de 2,11%, o que mostra que os preços não se acomodaram”.

Segundo o diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, a elevação da Selic tem pouco impacto nas taxas de juros das operações de crédito.

— Por conta da maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos reduzirem mais fortemente suas taxas de juros é possível que algumas instituições financeiras possam manter inalteradas as suas taxas de juros das operações de crédito.

Um estudo da associação mostra que, com a alta de 0,25 ponto percentual, a parcela de uma geladeira que seria de R$ 164,12 passaria para R$ 164,31. Uma alta de R$ 0,19. Em 12 meses, a diferença seria de apenas R$ 2,26.

No caso do cheque especial, o cliente que usasse R$ 1.000 por 20 dias pagaria R$ 53,87 nos juros com a Selic antiga e R$ 54 com a nova. Uma diferença de R$ 0,13.

Entenda os juros básicos

A taxa Selic é usada pelo governo para conter a alta dos preços. Quando aumentada, o juro do crédito cresce, as pessoas passam a comprar menos e o comércio tende a diminuir os preços dos produtos para não perder lucro.

Os juros básicos são usados pelos bancos para definir quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes e nos empréstimos entre as instituições financeiras e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais.

Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso, os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.

Poupança

A nova taxa básica de juros só influencia o rendimento da poupança quando é igual ou inferior a 8,5% ao ano. Como não é o caso, a caderneta continua tendo o rendimento atual da TR (Taxa Referencial) + 6,17% ao ano, sem desconto do imposto de renda.

Esse rendimento das cadernetas não é muito atrativo e perde, por exemplo, para os fundos de renda fixa quando a taxa de administração cobrada pelos bancos é inferior a 2,5%, segundo estudo da Anefac.





Fonte: Do R7

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