Biblioteca comunitária funciona em ponto de ônibus Papelaria inova ao fazer modelo em que população é quem cuida
Um ponto de ônibus na Avenida Milton Figueiredo, via principal do bairro Morada do Ouro, tem chamado a atenção de quem passa pelo local. É que além da reforma, o espaço próximo a choperia Pump ganhou uma biblioteca.
A iniciativa, que teve autorização da Prefeitura, foi inaugurada no último sábado (29). O projeto, da papelaria Papel Nobre, recebeu o nome de “Biblioteca Comunitária”.
Ao MidiaNews, a proprietária da papelaria, Letícia Fortes de Barros Moraes, afirmou que contou com ajuda do Sebrae para desenvolver o projeto, inspirado em outro já existente em alguns pontos de ônibus de Brasília.
“Estamos há 25 anos na Avenida Milton Figueiredo e sempre trabalhamos com ações sociais. O Sebrae mostrou a ideia desenvolvida em Brasília e nós aqui estudamos, pedimos autorização do município e montamos no ponto, que fica ao lado da papelaria. Aproveitamos a estrutura do local, que é mais antiga e larga, mas tivemos que fazer alguns reparos até chegar à finalização”, explicou.
Uma preocupação, tanto da empresária e dos funcionários da papelaria quanto dos moradores ou trabalhadores que utilizam o ponto, é uma possível depredação do local ou furto de livros.
“De sábado até agora nada de ruim ocorreu, muito pelo contrário. Passei esses dias vindo de um evento, às 2h da manhã, e uma senhora estava lendo o livro. Nosso formato também está interessante, quem quiser levar pra casa, pedimos que devolvam e, aqueles que desejarem muito ficar com o título, que ao menos deixe outro”, disse.
Além de livros mais extensos, a Biblioteca Comunitária também conta com gibis, livrinhos de rápida leitura e revistas.
“Pela manhã e no fim do dia são os horários de maior pico, onde geralmente as pessoas ficam, pelo menos, 30 minutos esperando para voltar pra casa ou ir pra escola. Nada melhor que fazer uma leitura”, disse Letícia.
Apesar de a ideia ter partido da iniciativa privada, a empresária afirmou que tem a expectativa do poder público aproveitar e fazer ações que incentivem a leitura.
“Quando fazemos um projeto social, a gente acredita que vá dá certo. Espero sim que o poder público possa se inspirar, mesmo porque não é um projeto difícil de ser montado e tem tudo para ser expandido. Se não pelo poder público, por nós enquanto cidadãos”, disse.
Segundo a empresária, o projeto custou cerca de R$ 2,5 mil.
Doação
A papelaria ainda está aceitando livros para doação. Os materiais podem ser entregues na Papel Nobre.
Caso a quantidade seja grande, a papelaria vai até o local da doação.
Mais informações: 3644 – 2929.
Comentários